{"title":"AS LINGUAGENS DE LIDERANÇA EVANGÉLICA NA COMUNIDADE GÓLGOTA DE CURITIBA/PR NA CONTEMPORANEIDADE","authors":"Maralice Maschio","doi":"10.22533/AT.ED.5441922011","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente texto objetiva dialogar, comparativamente, com fragmentos de uma entrevista oral concedida pelo pastor da Gólgota, que compõe o arsenal de entrevistas da tese de Doutorado, juntamente com fragmentos de outra entrevista, concedida pelo mesmo pastor, ao programa Destaque/SBT, ambas no ano 2010, ano de destaque para a Comunidade Evangélica liderada pelo pastor, tendo em vista as constantes aparições na mídia, tanto evangélica quanto secular. A intenção é de discutir como são utilizadas diferentes linguagens pelo líder da instituição para difundir a mensagem religiosa e construir uma espécie de tradição no cenário evangélico contemporâneo, uma vez que se trata de um movimento religioso recente. Problematizar-se-á, assim, como os dois modelos de fontes escolhidos representam práticas culturais de um grupo, a partir de seu fundador, propondo uma identidade e pertencimento religioso para seus fieis (jovens undergrounds), construindo a história de uma instituição na cidade de Curitiba e no terreno evangélico, incorporando linguagens simbólicas do próprio público-alvo. Abrir-se-á um leque das tensões em torno de diferentes culturas (tradicionais e modernas) em contato, mas pertencentes a um mesmo campo: o religioso evangélico. Construir uma possibilidade de discussão através da História Cultural dos Movimentos Evangélicos mais recentes permite atentar para a intensa relação que, muitos deles, como a Comunidade Gólgota, possuem com as chamadas “culturas juvenis” (mídias, consumo, entretenimento, linguagem, estilo, estética, entre outros). Nesse sentido, a cultura e a identidade ligam-se à própria compreensão que esta denominação oferece do que é cultura e tradição (até porque, enquanto movimento religioso recente, ela parece não possuir “tradição” própria) e como as utilizam para definir fronteiras identitárias e de pertencimento, bem como justificar sua ideia de “missão”. Traçar o perfil da organização a partir da caracterização de seu fundador, por intermédio de duas fontes constituidoras de linguagens: a midiática e a oral, permite identificar não apenas os","PeriodicalId":399219,"journal":{"name":"História diversa","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"História diversa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22533/AT.ED.5441922011","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente texto objetiva dialogar, comparativamente, com fragmentos de uma entrevista oral concedida pelo pastor da Gólgota, que compõe o arsenal de entrevistas da tese de Doutorado, juntamente com fragmentos de outra entrevista, concedida pelo mesmo pastor, ao programa Destaque/SBT, ambas no ano 2010, ano de destaque para a Comunidade Evangélica liderada pelo pastor, tendo em vista as constantes aparições na mídia, tanto evangélica quanto secular. A intenção é de discutir como são utilizadas diferentes linguagens pelo líder da instituição para difundir a mensagem religiosa e construir uma espécie de tradição no cenário evangélico contemporâneo, uma vez que se trata de um movimento religioso recente. Problematizar-se-á, assim, como os dois modelos de fontes escolhidos representam práticas culturais de um grupo, a partir de seu fundador, propondo uma identidade e pertencimento religioso para seus fieis (jovens undergrounds), construindo a história de uma instituição na cidade de Curitiba e no terreno evangélico, incorporando linguagens simbólicas do próprio público-alvo. Abrir-se-á um leque das tensões em torno de diferentes culturas (tradicionais e modernas) em contato, mas pertencentes a um mesmo campo: o religioso evangélico. Construir uma possibilidade de discussão através da História Cultural dos Movimentos Evangélicos mais recentes permite atentar para a intensa relação que, muitos deles, como a Comunidade Gólgota, possuem com as chamadas “culturas juvenis” (mídias, consumo, entretenimento, linguagem, estilo, estética, entre outros). Nesse sentido, a cultura e a identidade ligam-se à própria compreensão que esta denominação oferece do que é cultura e tradição (até porque, enquanto movimento religioso recente, ela parece não possuir “tradição” própria) e como as utilizam para definir fronteiras identitárias e de pertencimento, bem como justificar sua ideia de “missão”. Traçar o perfil da organização a partir da caracterização de seu fundador, por intermédio de duas fontes constituidoras de linguagens: a midiática e a oral, permite identificar não apenas os