{"title":"Preconceito e prounistas","authors":"Flávia de Mendonça Ribeiro, R. S. L. Guzzo","doi":"10.23925/2175-3520.2021i53p13-24","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo é parte do resultado de uma tese de doutorado e tem como objetivo identificar e analisar a presença do preconceito nos espaços acadêmicos onde o ProUni está presente, para, a partir da análise apresentada, defender a tese de que o ProUni, ao mesmo tempo em que busca reparar a ausência histórica da classe trabalhadora no Ensino Superior brasileiro, acaba por revelar as desigualdades sociais manifestas pelo preconceito nas vivências universitárias. Para o desenvolvimento de uma estrutura argumentativa que defenda a tese foi necessário um mapeamento e caracterização dos ProUnistas a partir de um questionário online, além de duas entrevistas em profundidade que aconteceram de forma individual. Sabe-se que o preconceito na sociedade existe, assim como nas Instituições de Ensino Superior privadas, porém não é dimensionado ainda como esse preconceito influencia a vivência do estudante durante sua graduação; para isso utilizamos o método quantitativo e a análise construtivo-interpretativa. Conclui-se que apesar do ProUni dar acesso à classe trabalhadora ao Ensino Superior, o preconceito vivenciado durante a graduação ainda é bastante velado, prejudicando o cotidiano desses estudantes, sendo uma fonte de sofrimento psíquico. Necessita-se de um trabalho profundo da psicologia no ensino superior para auxiliar as Instituições de Ensino Superior na integração desses estudantes na comunidade universitária, além de auxiliá-los no enfrentamento ao preconceito nas vivências universitárias.","PeriodicalId":136351,"journal":{"name":"Psicologia da Educação","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Psicologia da Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2175-3520.2021i53p13-24","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo é parte do resultado de uma tese de doutorado e tem como objetivo identificar e analisar a presença do preconceito nos espaços acadêmicos onde o ProUni está presente, para, a partir da análise apresentada, defender a tese de que o ProUni, ao mesmo tempo em que busca reparar a ausência histórica da classe trabalhadora no Ensino Superior brasileiro, acaba por revelar as desigualdades sociais manifestas pelo preconceito nas vivências universitárias. Para o desenvolvimento de uma estrutura argumentativa que defenda a tese foi necessário um mapeamento e caracterização dos ProUnistas a partir de um questionário online, além de duas entrevistas em profundidade que aconteceram de forma individual. Sabe-se que o preconceito na sociedade existe, assim como nas Instituições de Ensino Superior privadas, porém não é dimensionado ainda como esse preconceito influencia a vivência do estudante durante sua graduação; para isso utilizamos o método quantitativo e a análise construtivo-interpretativa. Conclui-se que apesar do ProUni dar acesso à classe trabalhadora ao Ensino Superior, o preconceito vivenciado durante a graduação ainda é bastante velado, prejudicando o cotidiano desses estudantes, sendo uma fonte de sofrimento psíquico. Necessita-se de um trabalho profundo da psicologia no ensino superior para auxiliar as Instituições de Ensino Superior na integração desses estudantes na comunidade universitária, além de auxiliá-los no enfrentamento ao preconceito nas vivências universitárias.