Déborah Martins Soares Alves, Noêmia De Fátima Silva Lopes
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Abstract
Este artigo possui como objetivo analisar o processo de renovação do Serviço Social brasileiro no período em que o país vivenciou o regime de ditadura militar. O estudo é fruto da pesquisa bibliográfica, construída com base na perspectiva histórico-dialética e a partir de uma análise marxista. Deste modo verifica-se a erosão do Serviço Social tradicional e como esse contexto se deu em meio às conturbações do período autocrático burguês. Apesar da origem da profissão possuir cunho assistencialista, filantrópico, direcionado à execução de ações, sem que houvesse um processo de construção de mediações, ocorreram mudanças importantes na década de 1960, as quais provocaram transformações no Serviço Social tradicional. A renovação permitiu que a profissão passasse a se posicionar de forma mais propositiva diante da realidade social. Contudo, apenas em sua trajetória sócio-histórica é que o Serviço Social adquire uma maior maturidade e um posicionamento crítico. Todavia, o Serviço Social que atualmente possui esse direcionamento crítico tem sofrido ameaças constantes, assim como presenciamos atualmente, com a democracia no Estado brasileiro, para não dizer em várias partes do mundo. Desse modo, imensuráveis são os desafios, que reforçam a necessidade de estudos e debates permanentes acerca do tema. Na cena contemporânea e adversa, urge a necessidade de avançarmos nessa direção crítica, tanto aprofundando os nossos argumentos teóricos quanto qualificando a nossa intervenção e posicionamento ético político frente a realidade social complexa.