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Abstract
O presente artigo tem por objetivo discutir sobre a precarização da atenção básica e seu agravamento no contexto de Covid-19. Como metodologia teve a revisão bibliográfica e documental acerca da temática, bem como, a sistematização de aspectos públicos da experiência como assistente social residente em uma Unidade de Saúde vinculada a Escola de Saúde Pública/RS, em Porto Alegre, no ano de 2020, contexto de pandemia de Covid-19. Como precarização entende-se o conjunto de condições precárias de vida e de trabalho oriundos do processo de agravamento da desigualdade social, especialmente com o advento do neoliberalismo e da Contrarreforma do Estado. Concluiu-se que os processos de privatização da atenção básica impactam e precarizam o cuidado na saúde na medida em que colocam os profissionais em situação de insegurança, prejudicando a criação de vínculos. Essa relação agravou-se no contexto de pandemia, visto que as pessoas estavam passando por novas privações objetivas e subjetivas como desemprego e insegurança financeira, falta de convivência social, medos e ansiedades, etc. A lógica de funcionamento empresarial reduz os atendimentos de saúde na atenção básica a números e metas e, aliado à rotatividade de profissionais, dificulta o vínculo, o acolhimento e a longitudinalidade do cuidado, evidenciando a disputa entre projetos de saúde: democrático conforme os preceitos da Reforma Sanitária e privatista conforme os interesses de mercado.