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Abstract
Este artigo analisa o processo de operacionalização da Política de Assistência Social a partir da perspectiva do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A pesquisa que originou estas reflexões utilizou como procedimento metodológico a entrevista semiestruturada, aplicada junto aos implementadores e gestores da política de assistência social. A amostragem foi restrita a municípios onde se localizam comunidades quilombolas certificados pela Fundação Cultural Palmares, no território do Vale do Mucuri, Minas Gerais, Brasil. Dessa forma, nossa investigação deteve-se nos municípios de: Carlos Chagas, Ouro Verde de Minas, Pescador, Teófilo Otoni e Ataléia. Com a sistematização dos dados, concluímos que o acesso à política de assistência social é mínimo e desconsidera a identidade coletiva desta população tradicional. Mesmo sendo a política de assistência social reconhecida como direito, ainda é ofertada apenas para aqueles que são atestados como extremamente miseráveis e não para os que dela necessitam, reproduzindo o estigma de “política de pobre para pobre”.
本文从Sistema unico de assistencia Social (SUAS)的角度分析了社会救助政策的运作过程。引发这些反思的研究采用了半结构化访谈的方法程序,应用于社会援助政策的实施者和管理者。样本仅限于巴西米纳斯吉拉斯Mucuri山谷地区的“歌伦波拉”社区所在的城市,这些社区由fundacao Cultural Palmares认证。因此,我们的调查在以下城市停止:Carlos Chagas, Ouro Verde de Minas, Pescador, teofilo Otoni和ataleia。通过系统化的数据,我们得出结论,获得社会援助政策的机会很少,而且忽视了这一传统人口的集体身份。尽管福利政策被认为是一种权利,但它仍然只提供给那些被证明极度贫困的人,而不是那些需要它的人,重现了“穷人对穷人政策”的污名。