L. Peruzzo Júnior, Israel Rutte, Moisés Limas da Trindade, Carla Juliana Tortato
{"title":"Corrupção e anticorrupção: linguagem e validade da norma penal à luz da teoria da ação significativa de Vives Antón","authors":"L. Peruzzo Júnior, Israel Rutte, Moisés Limas da Trindade, Carla Juliana Tortato","doi":"10.55905/rmuscv1n2-008","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende mostrar, a partir da filosofia da linguagem de Wittgenstein e da teoria da ação significativa de S. Vives Antón, de que modo o discurso jurídico-penal acerca da corrupção não é um fenômeno empiricamente descritivo, mas, ao contrário, conceitual. Neste sentido, argumenta-se que se há uma narrativa metodológica sobre a corrupção, então, também deve ser verdadeiro pensar que há uma determinação conceitual que permite a manutenção do significado na avaliação da possibilidade ou não de sua consumação. Mas, efetivamente, poder-se-ia tomar o significado do termo corrupção independentemente de uma prática como sustenta a teoria da ação significativa de V. Antón? Haveria um binômio entre o conteúdo conceitual e os fenômenos que são por este descritos e abarcados? Ou, ao contrário, o discurso jurídico-penal continuaria a repetir o jargão culturalista ilustrado pela hipótese de que a melhor fonte para entender a corrupção deveriam ser as histórias produzidas por aquelas mesmas pessoas que tiveram o olhar mais próximo do fenômeno e, talvez, até mesmo foram cúmplices de ações corruptas? Mostra-se, por fim, que a corrupção engendra não apenas um problema lógico-dedutivo ao Direito Penal, mas também a pressuposição que a práxis está de um lado e, a norma, de outro, conforme concebe Vives Antón ao afirmar que a ação penal deve ser vista a partir de seu significado. ","PeriodicalId":358733,"journal":{"name":"Revista Multidisciplinar do UniSantaCruz","volume":"PP 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Multidisciplinar do UniSantaCruz","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55905/rmuscv1n2-008","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo pretende mostrar, a partir da filosofia da linguagem de Wittgenstein e da teoria da ação significativa de S. Vives Antón, de que modo o discurso jurídico-penal acerca da corrupção não é um fenômeno empiricamente descritivo, mas, ao contrário, conceitual. Neste sentido, argumenta-se que se há uma narrativa metodológica sobre a corrupção, então, também deve ser verdadeiro pensar que há uma determinação conceitual que permite a manutenção do significado na avaliação da possibilidade ou não de sua consumação. Mas, efetivamente, poder-se-ia tomar o significado do termo corrupção independentemente de uma prática como sustenta a teoria da ação significativa de V. Antón? Haveria um binômio entre o conteúdo conceitual e os fenômenos que são por este descritos e abarcados? Ou, ao contrário, o discurso jurídico-penal continuaria a repetir o jargão culturalista ilustrado pela hipótese de que a melhor fonte para entender a corrupção deveriam ser as histórias produzidas por aquelas mesmas pessoas que tiveram o olhar mais próximo do fenômeno e, talvez, até mesmo foram cúmplices de ações corruptas? Mostra-se, por fim, que a corrupção engendra não apenas um problema lógico-dedutivo ao Direito Penal, mas também a pressuposição que a práxis está de um lado e, a norma, de outro, conforme concebe Vives Antón ao afirmar que a ação penal deve ser vista a partir de seu significado.