{"title":"Reflexões e breve histórico sobre estudos e ações sobre Geodiversidade e Conservação da Memória da Terra no Brasil","authors":"K. L. Mansur","doi":"10.52192/1984-3917.2022v15n1p13-53","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em 1991 fomos brindados com o belíssimo texto da Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra. De lá para cá, acompanhando uma emergente discussão mundial, podemos perceber, claramente, que houve também um progressivo aumento no Brasil dos estudos e ações relacionados à geodiversidade e à conservação da memória da Terra. Este artigo busca percorrer um pouco da história e sobre o avanço obtido destes temas no Brasil. Foram utilizadas 150 referências bibliográficas e o texto foi dividido em nove itens (ou atos) cada um relacionado a um dos artigos da Declaração. Inicialmente foram identificados alguns dos pioneiros brasileiros, autores, projetos, publicações e eventos que abriram caminho para o cenário que hoje descortinamos. No item sobre geodiversidade buscou-se mostrar questões metodológicas de mapeamento quantitativo e qualitativo, relacionando-as a projetos. Sobre patrimônio geológico / geopatrimônio e seu estudo, foram incluídas algumas tipologias que se destacam, como os sítios paleontológicos e geomorfológicos; além dos museus e coleções; monumentos pétreos e inventários. No item sobre geocomunicação e geoturismo foram abordados os conceitos relacionados às Geociências e o público, incluindo geoturismo em áreas naturais e urbanas, e projetos de educação não formal. A abordagem da sustentabilidade foi o ponto de partida para a análise das iniciativas relacionadas aos geoparques e geoconservação. Este “ato” foi dedicado aos avanços institucionais alcançados por parte das entidades representativas, sejam técnico-científicas ou profissionais, e empresas privadas com finalidade especifica de geoconservação e geoturismo. O tema das políticas públicas buscou mostrar como as instituições brasileiras, governamentais e acadêmicas vêm desempenhando suas atribuições para a pesquisa, promoção e conservação da geodiversidade com valor patrimonial. O último item fecha a discussão apontando a necessidade de incorporação de conceitos de geoética e geoconservação na formação dos geocientistas e da importância da educação para seguirmos avançando.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Museologia e Patrimônio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2022v15n1p13-53","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em 1991 fomos brindados com o belíssimo texto da Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra. De lá para cá, acompanhando uma emergente discussão mundial, podemos perceber, claramente, que houve também um progressivo aumento no Brasil dos estudos e ações relacionados à geodiversidade e à conservação da memória da Terra. Este artigo busca percorrer um pouco da história e sobre o avanço obtido destes temas no Brasil. Foram utilizadas 150 referências bibliográficas e o texto foi dividido em nove itens (ou atos) cada um relacionado a um dos artigos da Declaração. Inicialmente foram identificados alguns dos pioneiros brasileiros, autores, projetos, publicações e eventos que abriram caminho para o cenário que hoje descortinamos. No item sobre geodiversidade buscou-se mostrar questões metodológicas de mapeamento quantitativo e qualitativo, relacionando-as a projetos. Sobre patrimônio geológico / geopatrimônio e seu estudo, foram incluídas algumas tipologias que se destacam, como os sítios paleontológicos e geomorfológicos; além dos museus e coleções; monumentos pétreos e inventários. No item sobre geocomunicação e geoturismo foram abordados os conceitos relacionados às Geociências e o público, incluindo geoturismo em áreas naturais e urbanas, e projetos de educação não formal. A abordagem da sustentabilidade foi o ponto de partida para a análise das iniciativas relacionadas aos geoparques e geoconservação. Este “ato” foi dedicado aos avanços institucionais alcançados por parte das entidades representativas, sejam técnico-científicas ou profissionais, e empresas privadas com finalidade especifica de geoconservação e geoturismo. O tema das políticas públicas buscou mostrar como as instituições brasileiras, governamentais e acadêmicas vêm desempenhando suas atribuições para a pesquisa, promoção e conservação da geodiversidade com valor patrimonial. O último item fecha a discussão apontando a necessidade de incorporação de conceitos de geoética e geoconservação na formação dos geocientistas e da importância da educação para seguirmos avançando.