{"title":"EMPREGO, RENDA E INFORMALIDADE: UM ESTUDO DA FEIRA DA CIDADE EM ANANINDEUA (PA)","authors":"J. Trindade, Ewerton Uchoa Fiel","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n1id20339","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa as principais características das relações informais de trabalho, enfocando um perfil muito especifico de trabalhador (a): o (a) feirante. A Feira é um lugar de burburinho, sendo que as cidades modernas sãos espaços de aglomeração, constituindo as feiras espaços não somente de comercialização, mas também de interação e sociabilidade diversa. Nestes mercados se combinam características de economia mercantil simples (EMS) e economia mercantil capitalista (EMC), onde se encontram uma grande variedade de mercadorias e serviços. As hipóteses admitidas são duas, a primeira discorre sobre a afirmação de que as relações de trabalho informal nas feiras do município de Ananindeua influem positivamente no mercado de trabalho local ao gerar empregos, renda, consumo de subsistência. A segunda trata de que, para o feirante de Ananindeua que trabalha por conta própria, migrar do setor informal para o setor formal não é uma opção vantajosa, devido a precariedade do emprego formal aliada à dificuldade de inserção destes no mercado por motivos diversos, idade, escolaridade, baixa rentabilidade do negócio, além dele possuir o sentimento de propriedade como forte fator subjetivo, dentre outros. O artigo encontra-se dividido em três seções. Inicialmente faz-se uma descrição e caracterização do trabalho do feirante, assim como sua interatividade com os processos de reprodução social; na seção seguinte trata-se da informalidade como um padrão regular de ocupação e geração de renda; por fim, aborda-se e se problematiza a precariedade das relações de trabalho do feirante e como ela se engendra aos mecanismos de superexploração e aviltamento das relações de trabalho próprias do mundo periférico brasileiro.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n1id20339","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo analisa as principais características das relações informais de trabalho, enfocando um perfil muito especifico de trabalhador (a): o (a) feirante. A Feira é um lugar de burburinho, sendo que as cidades modernas sãos espaços de aglomeração, constituindo as feiras espaços não somente de comercialização, mas também de interação e sociabilidade diversa. Nestes mercados se combinam características de economia mercantil simples (EMS) e economia mercantil capitalista (EMC), onde se encontram uma grande variedade de mercadorias e serviços. As hipóteses admitidas são duas, a primeira discorre sobre a afirmação de que as relações de trabalho informal nas feiras do município de Ananindeua influem positivamente no mercado de trabalho local ao gerar empregos, renda, consumo de subsistência. A segunda trata de que, para o feirante de Ananindeua que trabalha por conta própria, migrar do setor informal para o setor formal não é uma opção vantajosa, devido a precariedade do emprego formal aliada à dificuldade de inserção destes no mercado por motivos diversos, idade, escolaridade, baixa rentabilidade do negócio, além dele possuir o sentimento de propriedade como forte fator subjetivo, dentre outros. O artigo encontra-se dividido em três seções. Inicialmente faz-se uma descrição e caracterização do trabalho do feirante, assim como sua interatividade com os processos de reprodução social; na seção seguinte trata-se da informalidade como um padrão regular de ocupação e geração de renda; por fim, aborda-se e se problematiza a precariedade das relações de trabalho do feirante e como ela se engendra aos mecanismos de superexploração e aviltamento das relações de trabalho próprias do mundo periférico brasileiro.