{"title":"PREVALÊNCIA DE DIROFILARIOSE CANINA NO BRASIL COM ÊNFASE NA REGIÃO NORDESTE: UMA ANÁLISE","authors":"Raissa Coutinho de Lucena, M. B. D. Silva","doi":"10.51161/conalab/7109","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A dirofilariose canina é uma doença cosmopolita causada pelo filarídeo Dirofilaria. immitis. A importância de sua biologia e epidemiologia está relacionada diretamente à saúde pública devido ao seu potencial zoonótico. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo determinar a prevalência da dirofilariose nas diferentes regiões do país, com ênfase na região Nordeste, procurando um padrão de evolução da disseminação da doença ao longo dos anos. Método: Na revisão sistemática foram selecionados estudos baseados na revisão retrospectiva de pesquisas, publicadas entre 1999 até 2017, envolvendo aspectos epidemiológicos em várias regiões do Brasil. Resultado: Como resultado, em 2006, o Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram, respectivamente, 10,6%, 17,2%, 5,8% e 12% de prevalência. Atualmente, um estudo epidemiológico conduzido em 2017, demonstrou o aumento desse percentual, com o Nordeste atingindo 29,7%. Em São Luís (MA), microfilárias de D. immitis foram detectadas em 224 de 1.495 cães examinados entre 1991-1994. Na Paraíba, um estudo histopatológico em 881 cães entre 2003-2012 identificaram apenas dois animais positivos. Pernambuco possui um histórico de baixa prevalência de casos registrados e em 1999, em um grupo amostral de 611 animais, apenas seis foram positivos. O número de registros aumentou em 2002 e Pernambuco entra no mapa com 2,3%, dos quais 49% encontravam-se residindo a Ilha de Itamaracá. Inquéritos realizados em Alagoas apontam aumento nos animais circulantes positivos de 2001 (3,1%) a 2002 (12,5%). Em 2003, foi registrada a prevalência da Bahia (4,3%) e Ceará (9,1%). Dessa maneira, pode-se concluir a extrema correlação com o ciclo do vetor devido a uma soroprevalência maior registrada em clima quente e úmido. Isso pode ser corroborado pelos dados obtidos em cidades litorâneas: Niterói (RJ) (58,6%), Guarujá (SP), (2,8%), Guaraçaba (PR) (31,8%) e Ilha de Tamaracá (49%). Conclusão: Na conclusão, pôde-se constatar que a tendência natural de prevalência da doença em áreas litorâneas. Em relação ao Nordeste, dentre os estados que mantiveram sua pesquisa epidemiológica ao longo dos anos aumentou a prevalência e segue como a região com maior número de registro de casos.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conalab/7109","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A dirofilariose canina é uma doença cosmopolita causada pelo filarídeo Dirofilaria. immitis. A importância de sua biologia e epidemiologia está relacionada diretamente à saúde pública devido ao seu potencial zoonótico. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo determinar a prevalência da dirofilariose nas diferentes regiões do país, com ênfase na região Nordeste, procurando um padrão de evolução da disseminação da doença ao longo dos anos. Método: Na revisão sistemática foram selecionados estudos baseados na revisão retrospectiva de pesquisas, publicadas entre 1999 até 2017, envolvendo aspectos epidemiológicos em várias regiões do Brasil. Resultado: Como resultado, em 2006, o Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram, respectivamente, 10,6%, 17,2%, 5,8% e 12% de prevalência. Atualmente, um estudo epidemiológico conduzido em 2017, demonstrou o aumento desse percentual, com o Nordeste atingindo 29,7%. Em São Luís (MA), microfilárias de D. immitis foram detectadas em 224 de 1.495 cães examinados entre 1991-1994. Na Paraíba, um estudo histopatológico em 881 cães entre 2003-2012 identificaram apenas dois animais positivos. Pernambuco possui um histórico de baixa prevalência de casos registrados e em 1999, em um grupo amostral de 611 animais, apenas seis foram positivos. O número de registros aumentou em 2002 e Pernambuco entra no mapa com 2,3%, dos quais 49% encontravam-se residindo a Ilha de Itamaracá. Inquéritos realizados em Alagoas apontam aumento nos animais circulantes positivos de 2001 (3,1%) a 2002 (12,5%). Em 2003, foi registrada a prevalência da Bahia (4,3%) e Ceará (9,1%). Dessa maneira, pode-se concluir a extrema correlação com o ciclo do vetor devido a uma soroprevalência maior registrada em clima quente e úmido. Isso pode ser corroborado pelos dados obtidos em cidades litorâneas: Niterói (RJ) (58,6%), Guarujá (SP), (2,8%), Guaraçaba (PR) (31,8%) e Ilha de Tamaracá (49%). Conclusão: Na conclusão, pôde-se constatar que a tendência natural de prevalência da doença em áreas litorâneas. Em relação ao Nordeste, dentre os estados que mantiveram sua pesquisa epidemiológica ao longo dos anos aumentou a prevalência e segue como a região com maior número de registro de casos.