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Abstract
“Fazer o deserto florescer” é o axioma que sintetiza a dicotomia entre o deserto como um espaço vazio, marcado pela suposta ausência de vida, de humanidade e de razão, e o movimento sionista, que propõe ocupar esse vazio e preenchê-lo. Neste artigo, a relação entre o projeto colonial de povoamento sionista, o território da Palestina e a sua população será pensada a partir da análise do planeamento e do discurso, bem como das “práticas situadas” no espaço-tempo habitado do Naqab. Refiro-me a essas práticas –expressão material da relação entre as comunidades palestinianas-beduínas e o território– como uma forma de r/existir para lá do espaço-tempo colonial/moderno e dos seus vocabulários dominantes.