Maurício Colenghi Filho, Patrícia Del Nero Velasco
{"title":"A argumentação e o ensino dialógico da Filosofia","authors":"Maurício Colenghi Filho, Patrícia Del Nero Velasco","doi":"10.17648/EIDEA-18-2306","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considerando a argumentação como parte constituinte do filosofar, o presente texto tem como objetivo defender a presença de conteúdos e habilidades lógico-argumentativas como fundamental ao ensino e à aprendizagem da Filosofia. Trata-se, contudo, de uma presença que deve ocorrer na prática dialógica, exigindo do professor, portanto, um papel bastante preciso: o de, na esteira de Sócrates, convidar seus interlocutores a refletirem, a ouvirem atentamente, a fundamentarem e eventualmente reverem seus pontos de vista, respeitando posicionamentos distintos dos seus. Nesse sentido, a prática argumentativa em sala de aula, em última instância, configura-se em um compromisso político: um compromisso com a liberdade de expressão, com o diálogo aberto ao pluralismo de pontos de vista – experiência singular de exercício público e compartilhado do conhecimento.","PeriodicalId":359054,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17648/EIDEA-18-2306","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Considerando a argumentação como parte constituinte do filosofar, o presente texto tem como objetivo defender a presença de conteúdos e habilidades lógico-argumentativas como fundamental ao ensino e à aprendizagem da Filosofia. Trata-se, contudo, de uma presença que deve ocorrer na prática dialógica, exigindo do professor, portanto, um papel bastante preciso: o de, na esteira de Sócrates, convidar seus interlocutores a refletirem, a ouvirem atentamente, a fundamentarem e eventualmente reverem seus pontos de vista, respeitando posicionamentos distintos dos seus. Nesse sentido, a prática argumentativa em sala de aula, em última instância, configura-se em um compromisso político: um compromisso com a liberdade de expressão, com o diálogo aberto ao pluralismo de pontos de vista – experiência singular de exercício público e compartilhado do conhecimento.