S. Queiroz, C. Plein, A. M. D. Grandi, A. P. D. S. Leonel
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Abstract
Este ensaio teórico pretende fazer uma reflexão teórica sobre as principais tendências e discussões que envolvem a construção do tema do desenvolvimento (rural), da agricultura familiar e dos mercados nos quais ocorrem as respectivas transações, interpretando os mercados como um princípio de ordenamento social e de construção social que estão ocorrendo no espaço rural. Os estudos parecem ter um relativo consenso sobre o papel da agricultura familiar e das formas heterogêneas de sua inserção na dinâmica da economia capitalista. Mesmo que de forma disseminada, as abordagens tendem a concordar que, no Brasil e em outros lugares do mundo, o foco das ações do desenvolvimento rural deve ser o combate à pobreza e às muitas fragilidades das populações rurais. Os mercados locais ou de proximidade demonstram serem alternativas de que a agricultura familiar pode lançar mão e cada mercado é um locus específico, em geral um povoado rural ou um pequeno município, onde ocorrem as transações. Trata-se de mercados socialmente construídos e nos quais as trocas materiais estão imersas em relações sociais de reciprocidade e de interconhecimento. A valorização da agricultura familiar e o reconhecimento de seu potencial dinamizador das economias locais talvez seja o principal ponto de consenso. Esses pesquisadores sustentam o argumento de que a capacidade de inovação dos agricultores familiares e a sua interação com as instituições locais são fundamentais para que possam ampliar a geração e a agregação de valor, assim como reduzir custos de transação e estimular economias de escopo.