{"title":"Transe e desconstrução: a repetição nos corpos de Copacabana mon amour e A idade da terra","authors":"A. Wahrhaftig","doi":"10.1590/1982-2553202147231","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Apesar das querelas entre seus diretores e dos quase dez anos que os separam, há muitas proximidades entre os filmes Copacabana mon amour (1970), de Rogério Sganzerla, e A idade da terra (1980), de Glauber Rocha. Dentre os vários elementos que imantam um filme ao outro, destaca-se a performance dos corpos em cenas marcadas por excessivas repetições tanto de gestos quanto de falas. O objetivo desse artigo é, através da análise comparativa, investigar como os dois filmes elaboram a repetição no sentido tanto de apreender o transe místico, elemento central para o filme de Sganzerla, quanto no sentido de desconstruir o próprio andamento do discurso fílmico, algo mais proeminente no filme de Glauber, questões fundamentais na alegoria de ambos.","PeriodicalId":336385,"journal":{"name":"Galáxia (São Paulo)","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Galáxia (São Paulo)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-2553202147231","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Apesar das querelas entre seus diretores e dos quase dez anos que os separam, há muitas proximidades entre os filmes Copacabana mon amour (1970), de Rogério Sganzerla, e A idade da terra (1980), de Glauber Rocha. Dentre os vários elementos que imantam um filme ao outro, destaca-se a performance dos corpos em cenas marcadas por excessivas repetições tanto de gestos quanto de falas. O objetivo desse artigo é, através da análise comparativa, investigar como os dois filmes elaboram a repetição no sentido tanto de apreender o transe místico, elemento central para o filme de Sganzerla, quanto no sentido de desconstruir o próprio andamento do discurso fílmico, algo mais proeminente no filme de Glauber, questões fundamentais na alegoria de ambos.