Felipe Alencar, Vanessa Santana dos Santos, M. Jacomini
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Abstract
O objetivo deste artigo é compreender o projeto de formação e de escola para jovens das classes trabalhadoras no contexto da racionalidade neoliberal. Numa perspectiva gramsciana, são analisados elementos de conformismo e de subalternidade no Programa Inova Educação da rede estadual paulista, com base em estudo documental e bibliográfico, identificando-os com a implantação da Reforma do Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular, alinhada aos ditames da mundialização do capital. Discutimos que essa reforma, por meio do currículo, desqualifica a escola pública ao introduzir o léxico do mercado e do empreendedorismo e ao reduzir os conhecimentos científicos e humanísticos para ratificar um preparo para práticas laborais precárias e naturalizar a hiperexploração. Apontamos a filosofia da práxis como avesso da subalternidade, legado para apreensão crítica e transformação da realidade e a participação política dos subalternos na definição dos rumos das mudanças educacionais no Brasil.