Thaís Mayumi Pinheiro, C. C. R. D. D. Deus, D. Pinto
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Abstract
Este artigo aborda o incêndio do Museu Nacional/RJ como um desastre que representa um marco na história do país, devido à destruição de patrimônios científicos e culturais da humanidade. Suscita reflexões acerca da construção da memória do incêndio e pós-incêndio da instituição a partir dos vínculos conceituais entre memória, lugares de memória e patrimônio. Aponta o trabalho de resgate, que consiste na recuperação e tratamento dos fragmentos e peças dos acervos recuperados nos escombros do Paço de São Cristóvão, sede do Museu, como uma das primeiras atividades de retomada de suas atividades logo após o incêndio e, sobretudo, como um símbolo de resistência. Analisa as narrativas da campanha “Mulheres do Resgate”, publicada nas redes sociais do Museu Nacional, com o propósito de observar como as pesquisadoras enunciam o incêndio e o resgate, observando quais são seus desdobramentos nos âmbitos pessoal, profissional e para o futuro do Museu Nacional. Apresenta os resultados da análise em cinco eixos temáticos (rotina institucional, incêndio, pós-incêndio, resgate e renascimento), ancorados na análise do discurso sociointeracionista e no campo da memória social. Com base no corpus de narrativas, aponta que a atuação do grupo “Mulheres do Resgate” opera na passagem discursiva do luto para a esperança. Finalmente, conclui que o Resgate é impulsionado pelo forte engajamento das envolvidas em reconstruir o Museu Nacional para a sociedade, destacando que as narrativas enunciadas integram a construção social de sua memória institucional.