Tatiana Wannmacher Lepper, Ricardo Losekann Paiva, Fernanda Visioli, Ana Carolina Przyczynski, Pedro Bandeira Aleixo, Pantelis Varvaki Rados
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Abstract
Objetivo: o fibroma ossificante trabecular juvenil (FOJT) é uma lesão fibro-óssea incomum, benigna, porém de comportamento agressivo. Ocorre, frequentemente, em crianças e adolescentes, com maior acometimento em maxila e mandíbula. O presente relato aborda os aspectos clínicos, imaginológicos, histopatológicos, imuno-histoquímicos e o tratamento de um caso de FOTJ. Além de discutir suas similaridades com o osteossarcoma de baixo grau e as alternativas para o seu diagnóstico. Relato de caso: paciente do sexo masculino, com 12 anos de idade, apresentando aumento de volume em mandíbula no lado esquerdo, perda de função mastigatória e de fala, com tempo de evolução de seis meses. Radiograficamente, a lesão apresentava aspecto unilocular, com limites definidos e de padrão misto. O tratamento consistiu em cirurgia de enucleação total da lesão, seguida de curetagem sob anestesia geral. A histopatologia e a ausência de marcação para MDM2 e CDK4 na imuno-histoquímica confirmaram o diagnóstico de FOTJ e excluíram o de osteossarcoma de baixo grau. No controle pós-operatório de 20 dias, o paciente relatou melhora da parestesia, da função mastigatória e da fala e ausência de dor. Não se observou recidiva no acompanhamento de 1 ano após a cirurgia. Considerações finais: a similaridade dos aspectos clínico, imaginológico e microscópico entre FOJT e osteossarcoma de baixo grau pressupõe o estudo imuno-histoquímico com os marcadores MDM2 e CDK4, minimizando equívocos no diagnóstico e orientando de forma mais eficiente o plano de tratamento adotado.Palavras-chave: lesões fibro-ósseas benignas; fibroma ossificante; fibroma ossificante juvenil trabecular; osteossarcoma craniofacial.