Gustavo Antoniuk Presta, Ana Paula Procópio Da Silva, Rafael Myczkowski
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Abstract
O uso do corpo na publicidade sempre exerceu grande poder sobre os consumidores e a compreensão histórica dessa relação é muito importante para entendermos essa influência e também o contexto da construção de padrões estéticos violentos e coercitivos. A publicidade tem papel fundamental na comunicação das marcas com seus públicos, pois é também através dela que os valores e posicionamento de marca são transmitidos. Por muito tempo a ideia do corpo perfeito e outros padrões estéticos preestabelecidos estiveram presentes em grande parte dos anúncios publicitários de moda. Todavia, atualmente diversas marcas utilizam a quebras desses padrões estéticos como principal forma estratégica de posicionamento. Através de pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso de campanhas das marcas Victoria’s Secret, Nivea, Savage X Fenty e Natura, o artigo tem por objetivo avaliar se a publicidade de moda pode desconstruir os padrões estéticos violentos e coercitivos que, de certa forma, foram difundidos por muito tempo pelas próprias marcas em suas campanhas publicitárias, criando o desejo e a necessidade dos consumidores de alcançarem a beleza ideal. Apesar de muitas marcas já procurarem reverter a visão dos corpos perfeitos, divulgando e produzindo seus anúncios sob a ótica da diversidade, talvez esteja surgindo um novo padrão de apelo comercial, mais pautado no lucro das empresas do que de fato no desejo de promoverem a inclusão dos públicos.