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Abstract
O sistema publico de saude brasileiro tem por principio a igualdade de acesso. No entanto, nao sao poucas as desigualdades em sua pratica. Partindo da premissa de que surgem da hierarquizacao das diferencas entre os sujeitos, este artigo se dispoe a refletir sobre a importância da interseccionalidade entre raca, classe e genero quando a tematica e a saude sexual e reprodutiva das brasileiras. Com esse foco, destaca como essa articulacao analitica pode descortinar processos cotidianos discriminatorios. Para tanto, considera a etnografia de dois servicos de saude de Brasilia; entrevistas com gestores de saude local e federal e, por fim, blogs e plataformas feministas negras operantes na internet. Dessa maneira, procura compreender como o corpo negro feminino e pensado pelas mulheres assistidas, pelos profissionais de saude, gestores de politicas publicas e feministas negras.