{"title":"Imigrantes Indocumentados em Lisboa: emoções em tempos de imobilidade","authors":"Cecília Menduni Luís","doi":"10.1590/1984-6487.sess.2022.38.e22313.a","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo tem como objetivo refletir sobre a experiência emocional dos imigrantes enquanto indocumentados e é baseado numa pesquisa com início em 2017 na Área Metropolitana de Lisboa. Ser indocumentado não se relaciona apenas com a falta de conclusão de um processo administrativo e jurídico. É também uma experiência de apreensão do tempo e da sua desaceleração, acompanhada por uma carga emocional que suscita muitas questões, ansiedades e dúvidas sobre as suas vidas como imigrantes. Os dados empíricos aqui apresentados são o resultado do trabalho de campo em terrenos multisituados, com recurso a entrevistas semiestruturadas com imigrantes indocumentados de diferentes comunidades, nomeadamente do Bangladesh, Brasil, Egito, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Camarões, Nigéria, Paquistão, Índia e Angola, e abordam questões como a regularização; o tempo de permanência em Portugal; o trabalho; a relação com o Estado; a ausência de direitos sociais; os objetivos pessoais e os estados emocionais de quem vive ou viveu esta situação.","PeriodicalId":123098,"journal":{"name":"Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2022.38.e22313.a","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo tem como objetivo refletir sobre a experiência emocional dos imigrantes enquanto indocumentados e é baseado numa pesquisa com início em 2017 na Área Metropolitana de Lisboa. Ser indocumentado não se relaciona apenas com a falta de conclusão de um processo administrativo e jurídico. É também uma experiência de apreensão do tempo e da sua desaceleração, acompanhada por uma carga emocional que suscita muitas questões, ansiedades e dúvidas sobre as suas vidas como imigrantes. Os dados empíricos aqui apresentados são o resultado do trabalho de campo em terrenos multisituados, com recurso a entrevistas semiestruturadas com imigrantes indocumentados de diferentes comunidades, nomeadamente do Bangladesh, Brasil, Egito, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Camarões, Nigéria, Paquistão, Índia e Angola, e abordam questões como a regularização; o tempo de permanência em Portugal; o trabalho; a relação com o Estado; a ausência de direitos sociais; os objetivos pessoais e os estados emocionais de quem vive ou viveu esta situação.