Heloisa da Silva Brito, Jassana Pasquali Kasperavicius, Thiago Emanuel Rodrigues Novaes, Julia Maito, P. R. D. Santos
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Abstract
Introdução: A anemia ferropriva é a condição clínica de desordem nutricional mais comum no mundo. Entre as populações mais afetadas, observa-se que os pacientes pediátricos apresentam vulnerabilidade à deficiência de ferro em razão do alto metabolismo para o processo de crescimento. Ademais, é sabido que, no Brasil, há diferenças em relação à prevalência da anemia ferropriva entre as regiões do país. Objetivos: O objetivo geral deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a prevalência da anemia ferropriva em crianças de até cinco anos de idade, nas cinco regiões brasileiras, nos últimos vinte anos. Ademais, teve como objetivo específico analisar a relação existente entre a problemática e o nível socioeconômico das crianças atingidas. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, utilizando a base de dados Google Scholar no período de janeiro de 2022. Foram incluídos artigos publicados entre o ano 2002 e 2022, escritos em português e classificados por relevância. Utilizou-se, para busca, a sentença “prevalência de anemia ferropriva em crianças menores que cinco anos em distintas regiões”. Dos 3.470 resultados, foram pré-selecionados 11 artigos, cujos métodos e resultados foram lidos. Desses, somente seis foram selecionados para a leitura integral, os quais foram ratificados para compor esta revisão. Resultados: No Brasil, a anemia ferropriva acomete cerca de 20% das crianças com menos de cinco anos de idade. As regiões mais atingidas são o Norte, Centro-Oeste, Sudeste, sem discrepâncias entre população urbana e periférica. E o Nordeste apresentando anemia ferropriva majoritariamente em crianças da população rural. Além disso, a anemia ferropriva é mais recorrente em regiões endêmicas de parasitoses. Estudos mostram que há relação relevante entre o nível socioeconômico do núcleo familiar e o nível de escolaridade dos pais. Quanto menor a renda e menor o grau de escolaridade, maiores as chances da criança desenvolver anemia ferropriva. Conclusão: Observou-se, portanto, que há, de fato, relação direta entre a anemia ferropriva e as regiões em que se encontram. Ademais, há diferenças no número de casos dessa anemia em cada região brasileira. Dessa forma, nota-se que questões regionais, econômicas e sociais interferem nos casos de anemia ferropriva.