{"title":"PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE IMPACTAÇÂO INTESTINAL POR CORPO ESTRANHO EM EUBLEPHARIS MACULARIUS","authors":"Victória Oliveira Diaz de Lima, Nicoly Milena Humai, Larissa Aparecida Krul","doi":"10.54265/rwrw5430","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Devido à popularização de Geckos como pets e a falta de informação dos tutores, a incidência de problemas relacionados ao manejo sanitário e alimentar tem aumentado. Poucos relatos foram descritos sobre a ingestão de corpos estranhos e os seus devidos tratamentos em Geckos, o que torna relevante a descrição deste caso para um maior conhecimento acerca do manejo e das técnicas terapêuticas nessa espécie. Um Gecko Leopardo, sem sexo definido, com 7 meses de idade, pesando 29 gramas, vivia em um terrário, com papel toalha como substrato, condições de temperatura (25-30ºC), sem fonte de luz e umidade (50%), alimentado com presas vivas suplementadas com cálcio e vitamina D3. Segundo a tutora, o animal encontrava-se sem comer e com ausência de fezes a 2 dias. No exame físico apresentava-se apático e cavidade celómica encontrava-se dilatada com presença de conteúdo nodular firme palpável na região caudolateral. O paciente foi internado e submetido a tratamento médico com dose inicial de Lactulona de 0,5 ml/kg SID, Metroclopramida oral 0,7ml/kg SID, banho morno por 15 minutos TID. No quarto dia de internação foi adicionado a massagem com vibrador TID, aumentado para 230 ml/kg a dose da Lactulona e realizado fluidoterapia com Ringer Lactato na dose de 10% do peso do paciente. Em menos de 24 horas, após as mudanças no tratamento, o paciente defecou. No dia seguinte foi realizado exame radiográfico e foi adicionado cálcio oral na dose de 37ml/kg. No sétimo dia foi realizado a lactulona BID. No oitavo dia o paciente defecou, foi identificado papel toalha como corpo estranho. O paciente alimentou-se sozinho e recebeu alta no décimo dia após a realização de outro exame radiográfico. Os exames radiograficos foram realizados para diagnóstico e acompanhamento clínico do paciente no qual o primeiro havia conteúdo heterogênio em região de estômago e intestino. Nos dias seguintes houve diminuição significativa do conteúdo intraluminal de alças intestinais. A impactação por corpo estranho é um problema comum na clínica de répteis por estar diretamente relacionada ao manejo ambiental inadequado e deficiência nutricional destes animais. A ingestão de substrato utilizado no terrário é considerada uma das principais causas de estase no trato gastrointestinal, e consequentemente ocasionar problemas mais graves de quadros de obstrução (1). O tratamento medicamentoso juntamente com banho de água morna e a realização de massagem com vibrador foram eficazes para a eliminação do corpo estranho sem intervenção cirúrgica. Utilização de parelho vibratório em relato de constipação de Dragão-Barbudo também se mostrou eficaz no tratamento (2). Referências bibliográficas: 1. Mader DR. Reptile Medicine and Surgery. 2nd Ed. Saunders Elsevier; 2006. 2. Bastos AJB. Protocolo de tratamento de constipação em DragãoBarbudo (Pogona vitticeps) – Relato de caso. I Mostra Científica Dorothy Stang; 2019. PALAVRAS-CHAVE: constipação, répteis, estase","PeriodicalId":138940,"journal":{"name":"Anais da Semana Online Científica de Veterinária - SOCVET","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais da Semana Online Científica de Veterinária - SOCVET","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/rwrw5430","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Devido à popularização de Geckos como pets e a falta de informação dos tutores, a incidência de problemas relacionados ao manejo sanitário e alimentar tem aumentado. Poucos relatos foram descritos sobre a ingestão de corpos estranhos e os seus devidos tratamentos em Geckos, o que torna relevante a descrição deste caso para um maior conhecimento acerca do manejo e das técnicas terapêuticas nessa espécie. Um Gecko Leopardo, sem sexo definido, com 7 meses de idade, pesando 29 gramas, vivia em um terrário, com papel toalha como substrato, condições de temperatura (25-30ºC), sem fonte de luz e umidade (50%), alimentado com presas vivas suplementadas com cálcio e vitamina D3. Segundo a tutora, o animal encontrava-se sem comer e com ausência de fezes a 2 dias. No exame físico apresentava-se apático e cavidade celómica encontrava-se dilatada com presença de conteúdo nodular firme palpável na região caudolateral. O paciente foi internado e submetido a tratamento médico com dose inicial de Lactulona de 0,5 ml/kg SID, Metroclopramida oral 0,7ml/kg SID, banho morno por 15 minutos TID. No quarto dia de internação foi adicionado a massagem com vibrador TID, aumentado para 230 ml/kg a dose da Lactulona e realizado fluidoterapia com Ringer Lactato na dose de 10% do peso do paciente. Em menos de 24 horas, após as mudanças no tratamento, o paciente defecou. No dia seguinte foi realizado exame radiográfico e foi adicionado cálcio oral na dose de 37ml/kg. No sétimo dia foi realizado a lactulona BID. No oitavo dia o paciente defecou, foi identificado papel toalha como corpo estranho. O paciente alimentou-se sozinho e recebeu alta no décimo dia após a realização de outro exame radiográfico. Os exames radiograficos foram realizados para diagnóstico e acompanhamento clínico do paciente no qual o primeiro havia conteúdo heterogênio em região de estômago e intestino. Nos dias seguintes houve diminuição significativa do conteúdo intraluminal de alças intestinais. A impactação por corpo estranho é um problema comum na clínica de répteis por estar diretamente relacionada ao manejo ambiental inadequado e deficiência nutricional destes animais. A ingestão de substrato utilizado no terrário é considerada uma das principais causas de estase no trato gastrointestinal, e consequentemente ocasionar problemas mais graves de quadros de obstrução (1). O tratamento medicamentoso juntamente com banho de água morna e a realização de massagem com vibrador foram eficazes para a eliminação do corpo estranho sem intervenção cirúrgica. Utilização de parelho vibratório em relato de constipação de Dragão-Barbudo também se mostrou eficaz no tratamento (2). Referências bibliográficas: 1. Mader DR. Reptile Medicine and Surgery. 2nd Ed. Saunders Elsevier; 2006. 2. Bastos AJB. Protocolo de tratamento de constipação em DragãoBarbudo (Pogona vitticeps) – Relato de caso. I Mostra Científica Dorothy Stang; 2019. PALAVRAS-CHAVE: constipação, répteis, estase