{"title":"CAPITALISMO, REGIME DE EXCEÇÃO E CRIMES DE LESA HUMANIDADE","authors":"É. Gasda","doi":"10.5752/p.2318-7999.2021v24n48p117-137","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo é de caráter ético-teológico. Tem como objetivo discorrer sobre dois crimes de lesa humanidade cometidos pelo capitalismo no contexto histórico da conquista e da colonização na América e na África: tráfico de seres humanos e a escravização dos trabalhadores. Em seguida, examina o envolvimento direto da Igreja Católica nestes crimes. A segunda seção, de enfoque teológico, explicita como a Memória da Salvação realizada por Cristo gera duas atitudes: pedido de perdão às vítimas, reconhecimento da deturpação do Evangelho para fins econômicos. Usar o nome de Cristo para justificar crimes contra a humanidade é blasfemar. Essa purificação da memória leva ao compromisso com a justiça e com a defesa dos Direitos Humanos como sinal dos tempos. Na conclusão evidencia-se que o cristianismo é sempre subversivo frente a regimes de exceção. A memória das vítimas dos crimes de lesa humanidade potencializa a esperança de realização da justiça em plenitude. É o paradigma ético da justiça de transição.","PeriodicalId":148867,"journal":{"name":"Revista da Faculdade Mineira de Direito","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Faculdade Mineira de Direito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/p.2318-7999.2021v24n48p117-137","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo é de caráter ético-teológico. Tem como objetivo discorrer sobre dois crimes de lesa humanidade cometidos pelo capitalismo no contexto histórico da conquista e da colonização na América e na África: tráfico de seres humanos e a escravização dos trabalhadores. Em seguida, examina o envolvimento direto da Igreja Católica nestes crimes. A segunda seção, de enfoque teológico, explicita como a Memória da Salvação realizada por Cristo gera duas atitudes: pedido de perdão às vítimas, reconhecimento da deturpação do Evangelho para fins econômicos. Usar o nome de Cristo para justificar crimes contra a humanidade é blasfemar. Essa purificação da memória leva ao compromisso com a justiça e com a defesa dos Direitos Humanos como sinal dos tempos. Na conclusão evidencia-se que o cristianismo é sempre subversivo frente a regimes de exceção. A memória das vítimas dos crimes de lesa humanidade potencializa a esperança de realização da justiça em plenitude. É o paradigma ético da justiça de transição.