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Abstract
A formulação de denúncias e delações contra indivíduos, grupos ou situações consideradas suspeitas tem sido prática recorrente na modernidade. Especificamente, as ditaduras e regimes autoritários do século XX incentivaram amplamente tais comportamentos. Este artigo propõe analisar as práticas delatórias no Brasil durante a ditadura civil-militar de 1964. Busca, sob este aspecto, compreender as formas a partir das quais cidadãos passaram a recorrer ao Estado e suas instituições com o objetivo de delatar autoridades locais, vizinhos, conhecidos, colegas de trabalho, etc. Considerando a pluralidade das práticas de delação, para além das denúncias fornecidas por informantes do regime, o artigo propõe analisar as motivações de “informantes eventuais” e, de maneira mais ampla, tem como objetivo compreender como o cotidiano da sociedade foi invadido e moldado pela linguagem e modus operandi da ditadura.