F. Lopes, Rita Araújo, O. Magalhães, Clara Almeida Santos, Ana Teresa Peixinho, Catarina Duff Burnay
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Abstract
Durante a pandemia de COVID-19, os media noticiosos portugueses assumiram um papel fundamental na informação da população, empenhando-se em desenvolver o conhecimento sobre a doença e em promover comportamentos de prevenção para reduzir a transmissão. Para isso, socorreram-se de modo especial dos especialistas. Foi através deles que as redações procuraram dar respostas e encontrar soluções. É verdade que os interlocutores oficiais continuaram a ser recorrentes nos textos jornalísticos, mas os especialistas, nomeadamente os académicos e os médicos, adquiriram grande visibilidade. Este artigo estuda a presença das fontes especializadas nos conteúdos jornalísticos da imprensa portuguesa, apresentando parte dos resultados de uma investigação que analisou a mediatização da COVID-19. A base do estudo são as edições dos jornais Público e Jornal de Notícias, referentes ao período em que vigorou o estado de emergência em Portugal (de 18 de março a 2 de maio de 2020, de 9 de novembro a 23 de dezembro de 2020 e de 15 de janeiro a 26 de fevereiro de 2021), compondo-se o corpus de análise por 2.933 textos noticiosos e 6.350 fontes: 1.850 textos foram publicados durante a primeira fase de emergência nacional, citando 4.048 fontes; 457 foram publicados na segunda fase, apresentando a citação de 857 fontes e 626 foram publicados na terceira fase, citando 1.445 fontes. Os resultados da análise de conteúdo evidenciam a força dos profissionais enquanto fontes de informação, particularmente os profissionais da saúde e os académicos das áreas médicas e das ciências sociais. Os especialistas ultrapassaram, em termos de presença nos meios estudados, as fontes oficiais, quer ocupassem ou não cargos de destaque.