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Abstract
O objetivo desse trabalho é examinar as freguesias de índios na antiga capitania de Porto Seguro entre a segunda metade do século XVIII e início do século XIX. Nesse período, tanto a igreja secular quanto a política indigenista viviam o auge de medidas reformistas, que impactaram diretamente no cotidiano e na organização social das populações indígenas. O principal argumento apresentado é o que compreende a instalação e administração das freguesias de índios como um reforço do processo de territorialização vivenciado pelos povos indígenas. O estudo faz uso de umvariado conjunto de fontes históricas, incluindo alguns registros eclesiástico, documentos administrativos e relatos de viajantes. No geral, a análise não encontrou muita diferença na estrutura e funcionamento das freguesias de índios quando comparadas àsdemais freguesias da América portuguesa, embora tenha sido possível identificar como a implantação dessas unidades jurídico-administrativas e religiosas abriram novos espaços de tradução,mediação,negociação e conflito para os povos indígenas.