{"title":"“Minha história dá um livro”: família, casa e territorialidades nas mobilidades de mutirantes em São Paulo","authors":"Carlos Filadelfo","doi":"10.48006/978-65-87289-16-8-15","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto tem como foco etnográfico a análise de narrativas de famílias pertencentes a um movi-mento de luta por moradia específico, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra Leste I. Esse movimento, desde a década de 1980, tem obtido atendimento para famílias militantes via mutirão autogestionário, mecanismo de construção de empreendimentos habitacionais que conta com a mão de obra das próprias famílias no controle e execução das obras, com recursos municipais, estaduais e federais. Pretende-se lançar luz a trajetórias de mutirantes desse movimento anteriormente ao ingresso no mutirão, marcadas por intensas mobilidades, formuladas predominantemente em termos de família e parentesco, inseparáveis e articuladas aos distintos arranjos habitacionais e às territorialidades onde se viveu e onde se trabalhou. Com isso, busca-se complexificar definições apriorísticas, estanques e lineares de casa, família e mobilidades e correlações diretas entre luta por moradia e territorialidades fixas, que, ao contrário, são marcadamente variáveis e flexíveis.","PeriodicalId":150511,"journal":{"name":"Antropologia das mobilidades","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antropologia das mobilidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48006/978-65-87289-16-8-15","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este texto tem como foco etnográfico a análise de narrativas de famílias pertencentes a um movi-mento de luta por moradia específico, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra Leste I. Esse movimento, desde a década de 1980, tem obtido atendimento para famílias militantes via mutirão autogestionário, mecanismo de construção de empreendimentos habitacionais que conta com a mão de obra das próprias famílias no controle e execução das obras, com recursos municipais, estaduais e federais. Pretende-se lançar luz a trajetórias de mutirantes desse movimento anteriormente ao ingresso no mutirão, marcadas por intensas mobilidades, formuladas predominantemente em termos de família e parentesco, inseparáveis e articuladas aos distintos arranjos habitacionais e às territorialidades onde se viveu e onde se trabalhou. Com isso, busca-se complexificar definições apriorísticas, estanques e lineares de casa, família e mobilidades e correlações diretas entre luta por moradia e territorialidades fixas, que, ao contrário, são marcadamente variáveis e flexíveis.