“E as crianças que mamavam eram arrancadas de suas mães e espetadas com terçados”: o processo-crime 6.362/78 e a etnografia do genocídio contra o povo Oro Win (Oro Towati)
{"title":"“E as crianças que mamavam eram arrancadas de suas mães e espetadas com terçados”: o processo-crime 6.362/78 e a etnografia do genocídio contra o povo Oro Win (Oro Towati)","authors":"A. G. Brito","doi":"10.48074/aceno.v9i20.12390","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Trata-se de método etnográfico com pesquisa de campo na Reserva Indígena Uru-eu-wau-wau junto ao povo Oro Win ou Oro Towati, narrando o genocídio que sofreram na década de 1960, por uma expedição de extermínio a mando do seringalista Manoel Lucindo no Seringal chamado São Luis. O artigo foi escrito utilizando como fonte principal em sua integral cópia o processo n. 6.362/78, transitado na comarca de Guajara-Mirim, Rondônia. Além do processo crime de Genocídio, foi realizada pesquisa de campo entre o povo Oro Win, com muitas idas e vindas utilizando como acesso até a aldeia, a via fluvial durante cinco dias de “voadeira” no rio Pacaás-Novas, com autorização do povo Oro Towati, suas lideranças e testemunhas do massacre. A crueldade deste genocídio se destaca nos autos do processo e na fala dos que passaram e conheceram o terrorismo do “Não Índio”. Discute-se o tema do Genocídio e do método etnográfico.","PeriodicalId":143027,"journal":{"name":"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48074/aceno.v9i20.12390","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Trata-se de método etnográfico com pesquisa de campo na Reserva Indígena Uru-eu-wau-wau junto ao povo Oro Win ou Oro Towati, narrando o genocídio que sofreram na década de 1960, por uma expedição de extermínio a mando do seringalista Manoel Lucindo no Seringal chamado São Luis. O artigo foi escrito utilizando como fonte principal em sua integral cópia o processo n. 6.362/78, transitado na comarca de Guajara-Mirim, Rondônia. Além do processo crime de Genocídio, foi realizada pesquisa de campo entre o povo Oro Win, com muitas idas e vindas utilizando como acesso até a aldeia, a via fluvial durante cinco dias de “voadeira” no rio Pacaás-Novas, com autorização do povo Oro Towati, suas lideranças e testemunhas do massacre. A crueldade deste genocídio se destaca nos autos do processo e na fala dos que passaram e conheceram o terrorismo do “Não Índio”. Discute-se o tema do Genocídio e do método etnográfico.