Flávio Sacco Dos Anjos, Patricia Schneider Severo, Nádia Velleda Caldas
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Abstract
O processo de institucionalização da agricultura familiar representa um ponto de inflexão na história agrária brasileira. Estado e sociedade civil reconhecem a vocação de uma categoria social que é central para o abastecimento alimentar nacional. Não obstante, pouca atenção é dada ao papel da agricultura familiar na geração de emprego e renda no meio rural. Nos estados meridionais do Brasil a produção de pêssegos é uma das atividades que emprega muitos trabalhadores avulsos em determinadas etapas do ciclo produtivo. Do ponto de vista teórico, tal realidade serve para romper com o mito de que a unidade familiar de produção se basta a si mesma ou de que são essencialmente as médias e grandes explorações que empregam a mão de obra rural. Este artigo explora estas e outras questões a partir de trabalho de campo baseado em metodologia qualitativa com ênfase em entrevistas realizadas com diversos atores mediante uso de roteiro semiestruturado. Este estudo demonstra a essencialidade do trabalho contratado, mas também a invisibilidade e a clandestinidade das relações contraídas entre agricultores familiares e empregados safristas.