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Abstract
Neste artigo, pretendemos analisar as formas de contestação ao Tribunal do Santo Ofício português, empreendidas por setores do Protestantismo europeu, críticos do obscurantismo católico, mas que desenvolveram, também, instrumentos persecutórios na defesa de suas doutrinas. Investigamos, especialmente, no século XVIII, como o Iluminismo e a noção de liberdade de consciência contribuíram para forjar representações e a produção de textos contra as práticas inquisitoriais. Destacamos a trajetória do réu protestante lusitano Francisco Xavier de Oliveyra, escritor de contundentes opúsculos contra o referido tribunal eclesiástico. Abolida a Inquisição Portuguesa em 1821, o nascente Protestantismo Brasileiro, na segunda metade do século XIX, alimentou-se dessa memória na disputa com a Igreja Católica, hegemônica no País.