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Abstract
Obras literárias que fazem uso expressivo do meio digital de tal forma que se tornam inviáveis no meio impresso: partindo dessa definição de literatura digital e tomando-a como um desafio, eu dava início ao processo de concepção da obra Terminal. Trata-se de um romance hipertextual, uma narrativa ficcional que remonta e remói a memória sob o luto do fim de uma relação. Conduzida pelo monólogo ressentido de um dos amantes, a narrativa estrutura diversas possibilidades de enredo, que se desenvolvem reagindo à voz pontual da amante ausente. Essa voz se materializa na oferta de hiperlinks, cada um oferecendo uma resposta que leva o amante magoado a uma argumentação diversa. Confrontado por um histórico de obras hipertextuais impressas, busquei alcançar com Terminal a complexidade necessária para que se cumprisse a premissa de sua inviabilidade material num suporte como o livro. Este ensaio é um esforço de retomar essa questão, entre outras, recapitulando e refletindo o processo de criação da obra.