{"title":"A fotografia do vazio – sobre Haruo Ohara","authors":"Rodrigo Fontanari","doi":"10.1590/1982-25542019136500","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo debruça-se sobre a obra do fotógrafo nipo-brasileiro Haruo Ohara, pouco conhecida entre nós, e que se distingue da de outros fotógrafos pela sua ousada estética que tende a um vazio: captar a presença das coisas e não seu sentido. Sua intensa produção fotográfica é estranhamente realizada em paralelo a sua atividade de agricultor. Ohara cria instantes de “espaços vazios” de acontecimento que atestam um estado de pura contemplação, em que o fotógrafo dá a ver ao espectador simplesmente a poesia das formas. O estilo de Ohara tende, por hipótese, àquele princípio de naturalidade zen que distingue a tradicional arte japonesa da paisagem: um nada especial que se refere a um estado de coisas expresso em sua naturalidade. Quer-se aqui enveredar por este caso especial.","PeriodicalId":336385,"journal":{"name":"Galáxia (São Paulo)","volume":"105 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Galáxia (São Paulo)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-25542019136500","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo debruça-se sobre a obra do fotógrafo nipo-brasileiro Haruo Ohara, pouco conhecida entre nós, e que se distingue da de outros fotógrafos pela sua ousada estética que tende a um vazio: captar a presença das coisas e não seu sentido. Sua intensa produção fotográfica é estranhamente realizada em paralelo a sua atividade de agricultor. Ohara cria instantes de “espaços vazios” de acontecimento que atestam um estado de pura contemplação, em que o fotógrafo dá a ver ao espectador simplesmente a poesia das formas. O estilo de Ohara tende, por hipótese, àquele princípio de naturalidade zen que distingue a tradicional arte japonesa da paisagem: um nada especial que se refere a um estado de coisas expresso em sua naturalidade. Quer-se aqui enveredar por este caso especial.