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Abstract
Os logradouros fazem parte da morfologia urbana e são elementos fundamentais para o fluxo intenso, sobretudo nas metrópoles e grandes cidades. Fortaleza se insere neste contexto a partir do bairro Centro e seu conjunto de logradouros refletindo a Geografia e a História da capital que passou por profundas transformações que podem ser observadas até hoje tanto pelo seu traçado quanto pelos nomes de ruas, avenidas, becos, travessas e praças. Partindo de 1810 quando houve o primeiro levantamento de ruas até a década de 1930 muitas foram as transformações que os logradouros passaram tanto em sua forma física (padronização) quanto em sua parte simbólica (antigas denominações que expressavam hábitos e costumes de uma época) resultando numa miscelânea toponímica. O estudo do espaço urbano e como ele foi modificado, juntamente com a toponímia, enfatizou alguns processos que fizeram da vila de Fortaleza a grande metrópole ainda no século XX e estes vestígios estão presentes nas nomenclaturas que ainda permanecem. A partir de leis, códigos de posturas, atas da câmara municipal, crônicas e livros de memorialistas, dentre outros foi possível reaver nomes que foram substituídos e, aliado a um método de regressão e progressão, viabilizou-se a criação de quadros a partir de materiais cartográficos auxiliando na compreensão dessas alterações até os dias de hoje. Os nomes dos logradouros são o reflexo de todos os processos que estão aliados aos âmbitos da política, da economia, da geografia, da história, da memória, do social e cultural.