{"title":"Migração japonesa para Madre de Dios (Peru) e Acre (Brasil) no início do século XX: em busca do el dorado","authors":"F. D. S. Neto","doi":"10.18542/PAPERSNAEA.V28I3.8383","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A historiografia oficial amazônica, de maneira recorrente, tem apresentado a origem da chegada dos primeiros migrantes japoneses na Amazônia,os direcionados para a colônia de Quatro Bocas, Estado do Pará, em 1929. O que se tem pouco registrado é que essa chegada remonta aofinal da época da exploração da borracha (hevea brasiliensis), no Estados do Acre e Rondônia, ou seja, período em que a belle-époque deixava seus vestígios, com a diminuição da extração gomífera e a, consequente, diminuição das negociações provenientes da economia da borracha. O que não impedia que muitos migrantes chegassem aqui com o objetivo de descobrir o El Dorado, pois, para muitos desses migrantes havia o mito do El Dorado, que permaneceu no imaginário dos que chegaram às cidades amazônicas, especialmente, os estrangeiros. Este mito se articula com o imaginário de grandes riquezas que estariam escondidas na selva amazônica. Com isso, muitos consideravam permanecer um período de cinco anos para acumular certa riqueza e voltar ao país de origem. Este artigo propõe analisar a chegada dos primeiros migrantes japoneses na região de Madre de Díos (Peru) e a posterior presença de japoneses no Acre (Brasil) na virada do século XIX para o século XX. Metodologicamente este trabalho está baseado em pesquisa bibliográfica e documental, tanto em fontes históricas brasileiras quanto peruanas.Palavras-chave: Migração japonesa. Pan-Amazônia. El Dorado. Borracha.","PeriodicalId":332899,"journal":{"name":"Papers do NAEA","volume":"92 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Papers do NAEA","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18542/PAPERSNAEA.V28I3.8383","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A historiografia oficial amazônica, de maneira recorrente, tem apresentado a origem da chegada dos primeiros migrantes japoneses na Amazônia,os direcionados para a colônia de Quatro Bocas, Estado do Pará, em 1929. O que se tem pouco registrado é que essa chegada remonta aofinal da época da exploração da borracha (hevea brasiliensis), no Estados do Acre e Rondônia, ou seja, período em que a belle-époque deixava seus vestígios, com a diminuição da extração gomífera e a, consequente, diminuição das negociações provenientes da economia da borracha. O que não impedia que muitos migrantes chegassem aqui com o objetivo de descobrir o El Dorado, pois, para muitos desses migrantes havia o mito do El Dorado, que permaneceu no imaginário dos que chegaram às cidades amazônicas, especialmente, os estrangeiros. Este mito se articula com o imaginário de grandes riquezas que estariam escondidas na selva amazônica. Com isso, muitos consideravam permanecer um período de cinco anos para acumular certa riqueza e voltar ao país de origem. Este artigo propõe analisar a chegada dos primeiros migrantes japoneses na região de Madre de Díos (Peru) e a posterior presença de japoneses no Acre (Brasil) na virada do século XIX para o século XX. Metodologicamente este trabalho está baseado em pesquisa bibliográfica e documental, tanto em fontes históricas brasileiras quanto peruanas.Palavras-chave: Migração japonesa. Pan-Amazônia. El Dorado. Borracha.