{"title":"HOMEM COMO SER BIOPSICOESPIRITUAL E DEVOÇÃO RELIGIOSA SEGUNDO VIKTOR FRANKL","authors":"José Tadeu Batista Souza, Sérgio da Cunha Falcão","doi":"10.25247/paralellus.2021.v12n31.p787-805","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A compreensão da essência da natureza humana e sua relação com a devoção religiosa, como busca pelo sentido último da existência, tem sido uma questão muito estudada pela Filosofia, Teologia, Ciências da Religião e Psicologia. O objetivo do presente artigo é apresentar uma reflexão sobre esse tema, na óptica da antropologia filosófica tridimensional do neuropsiquiatra Viktor Frankl. Foi realizada uma revisão das principais obras desse autor, com ênfase nos fundamentos antropológicos de sua Logoterapia. Para Frankl, o homem é um ser espiritual que existe como unidade e tridimensional totalidade corpo-alma-espírito. A dimensão noológica (espiritual) contém o racional, o moral, o intelectual, o emocional e as singularidades humanas existenciais de liberdade de decisão e responsabilidade, perante os valores atrativos da vida e da busca pelo sentido último da existência, expressada na devoção religiosa. Somos senhores de nossa vontade, mas servos de nossa voz espiritual da consciência, que nos capacita a sintonizar a lei moral eterna, diante de situações concretas de sentidos a serem realizados na vida. Cada ser humano tem uma missão a realizar que é somente dele, como ser insubstituível e capaz de encontrar sentido até no sofrimento. Para o ser humano religioso, apesar de envolver o risco de escalar lugares mais altos e envoltos por neblina, a realização dessa última tarefa se torna muito mais fácil que para a pessoa irreligiosa. Na devoção religiosa sadia, na qual o homem se apega ao perdão misericordioso de um Deus amoroso, as aflições são mais facilmente enfrentadas com ânimo e paz incondicionais.","PeriodicalId":251972,"journal":{"name":"PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/paralellus.2021.v12n31.p787-805","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A compreensão da essência da natureza humana e sua relação com a devoção religiosa, como busca pelo sentido último da existência, tem sido uma questão muito estudada pela Filosofia, Teologia, Ciências da Religião e Psicologia. O objetivo do presente artigo é apresentar uma reflexão sobre esse tema, na óptica da antropologia filosófica tridimensional do neuropsiquiatra Viktor Frankl. Foi realizada uma revisão das principais obras desse autor, com ênfase nos fundamentos antropológicos de sua Logoterapia. Para Frankl, o homem é um ser espiritual que existe como unidade e tridimensional totalidade corpo-alma-espírito. A dimensão noológica (espiritual) contém o racional, o moral, o intelectual, o emocional e as singularidades humanas existenciais de liberdade de decisão e responsabilidade, perante os valores atrativos da vida e da busca pelo sentido último da existência, expressada na devoção religiosa. Somos senhores de nossa vontade, mas servos de nossa voz espiritual da consciência, que nos capacita a sintonizar a lei moral eterna, diante de situações concretas de sentidos a serem realizados na vida. Cada ser humano tem uma missão a realizar que é somente dele, como ser insubstituível e capaz de encontrar sentido até no sofrimento. Para o ser humano religioso, apesar de envolver o risco de escalar lugares mais altos e envoltos por neblina, a realização dessa última tarefa se torna muito mais fácil que para a pessoa irreligiosa. Na devoção religiosa sadia, na qual o homem se apega ao perdão misericordioso de um Deus amoroso, as aflições são mais facilmente enfrentadas com ânimo e paz incondicionais.