Larissa de Menezes Jiquiriçá, A. Alves, L. Martins
{"title":"TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: DIAGNÓSTICO PRECOCE","authors":"Larissa de Menezes Jiquiriçá, A. Alves, L. Martins","doi":"10.51161/ii-conamic/33","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A toxoplasmose congênita é uma infecção ocasionada pela transferência transplacentária do taquizoíto do Toxoplasma gondii. A transmissão vertical acontece da mãe para o feto e pode ser ocasionada por uma infecção primária ou reinfecção em mães imunodeprimidas. As manifestações clínicas no recém-nascido abrangem um amplo espectro da sintomatologia, dentre os quais se destacam os distúrbios neurológicos e problemas visuais como encefalite, meningoencefalite, calcificações cranianas e hidrocefalia, glaucoma, atrofia óptica e catarata. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo abordar os principais aspectos que envolvem a toxoplasmose congênita dando ênfase à importância do diagnóstico precoce da doença. Metodologia: Trata se de uma revisão narrativa de literatura, a qual foi realizada através de pesquisa na base de dados do LILACS e Pubmed utilizando os descritores “toxoplasmose congênita” e “tratamento precoce da toxoplasmose”. Foram selecionados oito artigos escritos entre os anos de 2011 e 2021. Resultados: A toxoplasmose congênita é mais preocupante nos três primeiros meses da gestação, haja vista que nesse período o parasita pode afetar o processo de organogênese. Exames laboratoriais de sorologia da gestante com detecção de anticorpos específicos das classes da imunoglobulina: IgA, IgM, IgE, IgG e exame de imagem são algumas formas de detecção da infecção. No entanto, por vezes, o acesso a esse procedimento só acontece na reta final da gravidez, situação que limita o controle da infecção. O diagnóstico precoce minimiza a transmissão vertical e por se tratar de uma doença endêmica no Brasil de prevalência relativamente alta, o Ministério da Saúde recomenda que a triagem sorológica seja realizada na primeira consulta do pré-natal e caso a gestante seja suscetível, o teste deve ser repetido. Em sua maioria, os bebês infectados são assintomáticos ao nascer, o que dificulta a detecção e tratamento de forma adequada das possíveis complicações na vida adulta. Conclusão: Desse modo, o acompanhamento do pré-natal e do neonatal com mães com sorologia compatível com a infecção mesmo que não apresente sintomas é de fundamental importância para o tratamento precoce da toxoplasmose congênita. Ademais, medidas profiláticas primárias são também de extrema relevância na redução dos níveis de transmissão da doença.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/33","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: A toxoplasmose congênita é uma infecção ocasionada pela transferência transplacentária do taquizoíto do Toxoplasma gondii. A transmissão vertical acontece da mãe para o feto e pode ser ocasionada por uma infecção primária ou reinfecção em mães imunodeprimidas. As manifestações clínicas no recém-nascido abrangem um amplo espectro da sintomatologia, dentre os quais se destacam os distúrbios neurológicos e problemas visuais como encefalite, meningoencefalite, calcificações cranianas e hidrocefalia, glaucoma, atrofia óptica e catarata. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo abordar os principais aspectos que envolvem a toxoplasmose congênita dando ênfase à importância do diagnóstico precoce da doença. Metodologia: Trata se de uma revisão narrativa de literatura, a qual foi realizada através de pesquisa na base de dados do LILACS e Pubmed utilizando os descritores “toxoplasmose congênita” e “tratamento precoce da toxoplasmose”. Foram selecionados oito artigos escritos entre os anos de 2011 e 2021. Resultados: A toxoplasmose congênita é mais preocupante nos três primeiros meses da gestação, haja vista que nesse período o parasita pode afetar o processo de organogênese. Exames laboratoriais de sorologia da gestante com detecção de anticorpos específicos das classes da imunoglobulina: IgA, IgM, IgE, IgG e exame de imagem são algumas formas de detecção da infecção. No entanto, por vezes, o acesso a esse procedimento só acontece na reta final da gravidez, situação que limita o controle da infecção. O diagnóstico precoce minimiza a transmissão vertical e por se tratar de uma doença endêmica no Brasil de prevalência relativamente alta, o Ministério da Saúde recomenda que a triagem sorológica seja realizada na primeira consulta do pré-natal e caso a gestante seja suscetível, o teste deve ser repetido. Em sua maioria, os bebês infectados são assintomáticos ao nascer, o que dificulta a detecção e tratamento de forma adequada das possíveis complicações na vida adulta. Conclusão: Desse modo, o acompanhamento do pré-natal e do neonatal com mães com sorologia compatível com a infecção mesmo que não apresente sintomas é de fundamental importância para o tratamento precoce da toxoplasmose congênita. Ademais, medidas profiláticas primárias são também de extrema relevância na redução dos níveis de transmissão da doença.