R. M. Badalotti, Clóvis Dorigon, Cristiano Nunes Nesi, Cristiane Tonezer, Juliano Luiz Fossá, Luiz Gustavo S. Cortelini
{"title":"A produção de alimentos para autoconsumo na região Oeste Catarinense","authors":"R. M. Badalotti, Clóvis Dorigon, Cristiano Nunes Nesi, Cristiane Tonezer, Juliano Luiz Fossá, Luiz Gustavo S. Cortelini","doi":"10.26767/COLOQUIO.V17I3.1747","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo é resultado do diálogo entre duas pesquisas de naturezas metodológicas diferentes realizadas na região Oeste Catarinense sobre a produção de alimentos para autoconsumo. Dada a crescente relevância socioeconômica e acadêmica do tema, instituições e pesquisadores da região tem realizado parcerias para obter conhecimentos e informações básicas a respeito da temática. O objetivo deste texto é analisar a importância socioeconômica da produção de alimentos para o autoconsumo na região Oeste Catarinense. Este estudo se caracteriza como qualitativo, com análise de dados quantitativos acerca do autoconsumo. A importância que este tipo de produção possui para o ethos cultural e reprodução social da agricultura familiar se revela em dados e informações relacionados à segurança alimentar, gênero e biodiversidade doméstica. A produção de alimentos para o autoconsumo identificada se caracteriza como parte da produção animal, vegetal e transformação caseira produzida pela família e consumida por esta, incluindo-se também a produção de plantas medicinais. Segundo a percepção dos agricultores, somados os valores médios que estimam economizar com a produção para o autoconsumo, se tivessem que comprar os alimentos, obteve-se o valor de R$ 1.227,72 mensais. Não ocorre diferenciação entre o que se consome e o que se comercializa em cadeias curtas, a exemplo da batata-doce, mandioca, amendoim, pipoca, milho verde, feijão. A transferência ou doação de alimentos se estende para os filhos casados que residem na mesma área de terra dos pais, em outras unidades do meio rural, filhos casados e solteiros que residem no meio urbano, parentes e vizinhos.","PeriodicalId":428223,"journal":{"name":"COLÓQUIO - Revista do Desenvolvimento Regional","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"COLÓQUIO - Revista do Desenvolvimento Regional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26767/COLOQUIO.V17I3.1747","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo é resultado do diálogo entre duas pesquisas de naturezas metodológicas diferentes realizadas na região Oeste Catarinense sobre a produção de alimentos para autoconsumo. Dada a crescente relevância socioeconômica e acadêmica do tema, instituições e pesquisadores da região tem realizado parcerias para obter conhecimentos e informações básicas a respeito da temática. O objetivo deste texto é analisar a importância socioeconômica da produção de alimentos para o autoconsumo na região Oeste Catarinense. Este estudo se caracteriza como qualitativo, com análise de dados quantitativos acerca do autoconsumo. A importância que este tipo de produção possui para o ethos cultural e reprodução social da agricultura familiar se revela em dados e informações relacionados à segurança alimentar, gênero e biodiversidade doméstica. A produção de alimentos para o autoconsumo identificada se caracteriza como parte da produção animal, vegetal e transformação caseira produzida pela família e consumida por esta, incluindo-se também a produção de plantas medicinais. Segundo a percepção dos agricultores, somados os valores médios que estimam economizar com a produção para o autoconsumo, se tivessem que comprar os alimentos, obteve-se o valor de R$ 1.227,72 mensais. Não ocorre diferenciação entre o que se consome e o que se comercializa em cadeias curtas, a exemplo da batata-doce, mandioca, amendoim, pipoca, milho verde, feijão. A transferência ou doação de alimentos se estende para os filhos casados que residem na mesma área de terra dos pais, em outras unidades do meio rural, filhos casados e solteiros que residem no meio urbano, parentes e vizinhos.