Marco Túlio de Urzêda-Freitas, Letícia Lima Vieira
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Abstract
Neste texto, que percebemos como uma escrita-conversa, buscamos mobilizar algumas inquietações sobre o mal-estar que permeia o Brasil recente. Considerando que Jair Bolsonaro, atual presidente da república, nunca se absteve de manifestar apreço por práticas autoritárias e violentas durante a sua carreira política, o que inclui a campanha eleitoral de 2018, o nosso principal objetivo foi esboçar uma compreensão da crise civilizatória revelada e potencializada por seu governo. Uma das perguntas que orientou o nosso diálogo foi: o que levou – e tem levado – milhares de brasileiros a legitimar esse projeto ancorado em uma linguagem da destruição? Ao destacarmos a condição de desamparo do sujeito e o potencial destrutivo da linguagem como questões cruciais para se compreender a performance do mal no Brasil contemporâneo, argumentamos em favor da afirmação do desamparo como força produtiva para uma (re)elaboração crítica da complexa e trágica realidade que vivemos.