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Abstract
A nota procura apresentar abordar os conceitos de guerra, jogo e inimigo a partir da leitura e questionamento das construções teóricas apresentadas por Carl Schmitt a respeito do tema. De início, aborda a questão da circularidade que se dá na constituição dos conceitos de "guerra" e "inimigo" em Schmitt, apontando como o autor estava ciente dessa questão. Na sequêcia, procura evidenciar como o conceito de jogo fora propositalmente obliterado por Schmitt na construção de sua teorização da guerra, sobretudo em virtude das implicações teóricas que isso poderia causar à sua concepção do político. Assim, procura apresentar a questão do "agonal" no âmbito da guerra, demonstrando como na Antiguidade Clássica - e isso a partir de autores como Huizinga, Vernant e Strauss - a guerra ritual (agonal) cumpria um papel fundamental na constituição do político. Por fim, tais implicações são apresentadas como contraparte à concepção schmittiana da guerra, de modo que as perspectivas de pesquisas sobre a problemática bélica possam ser redimensionadas para além da captura estatal dos mecanismos de guerra e de consequente obliteração do agônico que nesta se dá.