{"title":"USO DE GLUTAMINA PARA PREVENÇÃO DE MUCOSITE ORAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS","authors":"Gabrieli Eduarda Haefliger, Andreza Ossani, Daiana Argenta Kumpel","doi":"10.51161/rems/1537","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A mucosite oral é um sintoma comum que acomete pacientes oncológicos submetidos a tratamentos como quimioterapia, radioterapia e/ou transplantes de células tronco hematopoiéticas (TCTH). Provoca dor intensa, dificuldade para se alimentar, podendo interromper o tratamento. A glutamina é um aminoácido não essencial abundante no plasma e tecido muscular, tendo a função de otimizar a síntese de proteínas e o balanço nitrogenado, além de ser fonte energética para as células do sistema imunológico. No câncer, as reservas corporais de glutamina podem estar diminuídas, sendo importante considerar sua suplementação. Objetivo: Avaliar o uso de glutamina na prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos a tratamentos oncológicos. Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica de estudos publicados nas bases de dados: Google Scholar, PubMed e Periódicos CAPES, no período de 2010 á 2021, utilizando os descritores glutamina, mucosite e oncologia. Resultados: Dados de estudos clínicos realizados com pacientes submetidos a tratamentos oncológicos, que receberam suplementação com glutamina, mostram evidências benéficas, como diminuição da incidência, gravidade e duração da mucosite, diminuição de interrupção do tratamento e menor necessidade de uso de terapia nutricional enteral. Entretanto, na maioria dos estudos encontrados, a glutamina não auxiliou significativamente na redução da gravidade ou duração da mucosite oral. Conclusão: Não há dados clínicos consistentes suficientes para recomendar o uso terapêutico da glutamina, pois não altera a gravidade ou duração da mucosite, sendo necessário a realização de estudos futuros que avaliem a eficácia do uso deste aminoácido na prevenção da mucosite oral induzida por tratamentos oncológicos e forneçam dados mais confiáveis para recomendar ou não seu uso terapêutico.","PeriodicalId":271829,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Nacional Multidisciplinar de Oncologia On-line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Nacional Multidisciplinar de Oncologia On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/rems/1537","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: A mucosite oral é um sintoma comum que acomete pacientes oncológicos submetidos a tratamentos como quimioterapia, radioterapia e/ou transplantes de células tronco hematopoiéticas (TCTH). Provoca dor intensa, dificuldade para se alimentar, podendo interromper o tratamento. A glutamina é um aminoácido não essencial abundante no plasma e tecido muscular, tendo a função de otimizar a síntese de proteínas e o balanço nitrogenado, além de ser fonte energética para as células do sistema imunológico. No câncer, as reservas corporais de glutamina podem estar diminuídas, sendo importante considerar sua suplementação. Objetivo: Avaliar o uso de glutamina na prevenção de mucosite oral em pacientes submetidos a tratamentos oncológicos. Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica de estudos publicados nas bases de dados: Google Scholar, PubMed e Periódicos CAPES, no período de 2010 á 2021, utilizando os descritores glutamina, mucosite e oncologia. Resultados: Dados de estudos clínicos realizados com pacientes submetidos a tratamentos oncológicos, que receberam suplementação com glutamina, mostram evidências benéficas, como diminuição da incidência, gravidade e duração da mucosite, diminuição de interrupção do tratamento e menor necessidade de uso de terapia nutricional enteral. Entretanto, na maioria dos estudos encontrados, a glutamina não auxiliou significativamente na redução da gravidade ou duração da mucosite oral. Conclusão: Não há dados clínicos consistentes suficientes para recomendar o uso terapêutico da glutamina, pois não altera a gravidade ou duração da mucosite, sendo necessário a realização de estudos futuros que avaliem a eficácia do uso deste aminoácido na prevenção da mucosite oral induzida por tratamentos oncológicos e forneçam dados mais confiáveis para recomendar ou não seu uso terapêutico.