Mariana Morselli Lo Ré, Ana Clara Lira do Nascimento, M. C. C. Fonseca
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Abstract
O objetivo do estudo foi analisar a cobertura da assistência pré-natal por regiões do Brasil, de 2003 a 2018, bem como, investigar as características maternas associadas à realização de consultas de pré-natal. Estudo ecológico de série temporal, com utilização de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Para análise da distribuição do número de consultas utilizou-se no numerador a quantidade de consultas realizadas e no denominador o total de nascidos vivos. As porcentagens de nascidos vivos com nenhuma consulta de pré-natal e com sete ou mais consultas foram analisadas por modelos lineares generalizados por região e no país como um todo. Para análise das características sociodemográficas (idade materna, estado civil, cor/raça, grau de instrução), ano de referência 2018, utilizou-se o teste qui-quadrado. Nível de significância dos testes de 5%. A porcentagem de casos com nenhuma consulta passou de 3,21% (2003) para 1,67% (2018), já a porcentagem de sete consultas ou mais passou de 51,08% (2003) para 71,15% (2018). No período (2003-2018), a região Norte apresentou menor porcentagem de casos com sete ou mais consultas e as regiões Sul e Sudeste, maior porcentagem. As variáveis sociodemográficas estiveram associadas ao acesso ao pré-natal com maior percentual de sete consultas ou mais entre as mulheres com mais idade, com companheiro, brancas e com doze anos ou mais de escolaridade. Apesar do aumento de cobertura da assistência pré-natal, ainda se observa no país diferenças no acesso, tanto regionais, quanto sociodemográficas, estas desigualdades afetam a qualidade da assistência ao binômio.