{"title":"FEBRE MAYARO: UMA ENDEMIA EMERGENTE","authors":"Kellyta Cardoso Lisboa, Guilherme Augusto Roza","doi":"10.51161/conbrapah/44","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Arboviroses constituem um importante problema de saúde pública mundial, sendo correlacionadas a elevada morbimortalidade, principalmente nos países tropicais, onde são endêmicas. Uma arbovirose com grande potencial de endemicidade no Brasil é a Febre Mayaro, causada pelo vírus Mayaro. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo descrever a Febre Mayaro, seus vetores, hospedeiros e características gerais da infecção, e dados epidemiológicos de infecções. Material e métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, baseado na pesquisa em bases de dados caderneta de saúde pública do Rio de Janeiro, PubMed, Revista Pan Americana de Saúde Pública, Revista Conexión Agropecuária, Repositório digital do Instituto Evandro Chagas e Scielo, nos anos entre 2001 e 2021 e com idiomas inglês, espanhol e português. Resultados: O vírus Mayaro é um RNA vírus envelopado, classificado dentro do Complexo Semliki, onde também se encontram outros vírus da Família Togaviriidae. É transmitido pelo mosquito Haemagoggus, mas outros gêneros, inclusive o Aedes, também tem potencial para transmissão do vírus, principalmente em áreas urbanas. Os sintomas desta infecção são comuns a outras arboviroses e incluem dor de cabeça, mialgia, dor retrorbital, vômito e diarreia. Sintomas mais específicos, como febre intermitente, artrite viral e febre hemorrágica são recorrentes. O diagnóstico é feito por métodos sorológicos, por dosagem de anticorpos, mas é recomendável que sejam feitos testes moleculares, por sua elevada sensibilidade e menor probabilidade de ocorrência de resultados falso-negativos e falso positivos. Conclusão: O controle migratório populacional, diagnóstico precoce e isolamento dos doentes, e controle da população vetorial são importantes medidas para evitar a disseminação do vírus Mayaro em localidades onde sua ocorrência ainda não foi registrada. Entretanto, por se tratar de um patógeno com elevado potencial de endemicidade no Brasil, são necessárias também medidas e campanhas para conhecimento e conscientização da população, de modo a evitar sua ampla disseminação para além das florestas tropicais, onde seu ciclo silvestre é mantido.","PeriodicalId":209824,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbrapah/44","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Arboviroses constituem um importante problema de saúde pública mundial, sendo correlacionadas a elevada morbimortalidade, principalmente nos países tropicais, onde são endêmicas. Uma arbovirose com grande potencial de endemicidade no Brasil é a Febre Mayaro, causada pelo vírus Mayaro. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo descrever a Febre Mayaro, seus vetores, hospedeiros e características gerais da infecção, e dados epidemiológicos de infecções. Material e métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, baseado na pesquisa em bases de dados caderneta de saúde pública do Rio de Janeiro, PubMed, Revista Pan Americana de Saúde Pública, Revista Conexión Agropecuária, Repositório digital do Instituto Evandro Chagas e Scielo, nos anos entre 2001 e 2021 e com idiomas inglês, espanhol e português. Resultados: O vírus Mayaro é um RNA vírus envelopado, classificado dentro do Complexo Semliki, onde também se encontram outros vírus da Família Togaviriidae. É transmitido pelo mosquito Haemagoggus, mas outros gêneros, inclusive o Aedes, também tem potencial para transmissão do vírus, principalmente em áreas urbanas. Os sintomas desta infecção são comuns a outras arboviroses e incluem dor de cabeça, mialgia, dor retrorbital, vômito e diarreia. Sintomas mais específicos, como febre intermitente, artrite viral e febre hemorrágica são recorrentes. O diagnóstico é feito por métodos sorológicos, por dosagem de anticorpos, mas é recomendável que sejam feitos testes moleculares, por sua elevada sensibilidade e menor probabilidade de ocorrência de resultados falso-negativos e falso positivos. Conclusão: O controle migratório populacional, diagnóstico precoce e isolamento dos doentes, e controle da população vetorial são importantes medidas para evitar a disseminação do vírus Mayaro em localidades onde sua ocorrência ainda não foi registrada. Entretanto, por se tratar de um patógeno com elevado potencial de endemicidade no Brasil, são necessárias também medidas e campanhas para conhecimento e conscientização da população, de modo a evitar sua ampla disseminação para além das florestas tropicais, onde seu ciclo silvestre é mantido.