{"title":"Keynes e a solução da fragilidade financeira em Minsky: um “Paradoxo Pós-Keynesiano”?","authors":"Lucas Casonato","doi":"10.22409/reuff.v22i2.35145","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa a utilização do termo “Paradoxo Pós-Keynesiano” pela literatura e propõe uma definição mais geral ao conceito. Esta nova interpretação ilustra a possibilidade de uma tensão teórica nesta corrente do pensamento. Isso é explorado considerando-se a pertinência de um novo paradoxo, a respeito da associação feita pela escola Pós-Keynesiana entre as soluções para crises financeiras propostas por Minsky e as bases teóricas fundadas por Keynes. A análise do caso específico expõe a situação paradoxal: disponibilizar a política econômica para proteger os bancos comerciais pari passu o reconhecimento de que a motivação deles por lucros mantém a propensão à instabilidade financeira. Verifica-se que a validade desse paradoxo, bem da versão mais ampla, persiste mesmo considerando-se o caráter evolutivo da política econômica na teoria Pós-Keynesiana. Conclui-se que a pertinência de qualquer paradoxo nesta corrente depende da ótica sob a qual sua teoria é analisada, se confinada à lógica econômica ou se abrangente para compreender um caráter social.","PeriodicalId":263809,"journal":{"name":"Revista Econômica","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Econômica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/reuff.v22i2.35145","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo analisa a utilização do termo “Paradoxo Pós-Keynesiano” pela literatura e propõe uma definição mais geral ao conceito. Esta nova interpretação ilustra a possibilidade de uma tensão teórica nesta corrente do pensamento. Isso é explorado considerando-se a pertinência de um novo paradoxo, a respeito da associação feita pela escola Pós-Keynesiana entre as soluções para crises financeiras propostas por Minsky e as bases teóricas fundadas por Keynes. A análise do caso específico expõe a situação paradoxal: disponibilizar a política econômica para proteger os bancos comerciais pari passu o reconhecimento de que a motivação deles por lucros mantém a propensão à instabilidade financeira. Verifica-se que a validade desse paradoxo, bem da versão mais ampla, persiste mesmo considerando-se o caráter evolutivo da política econômica na teoria Pós-Keynesiana. Conclui-se que a pertinência de qualquer paradoxo nesta corrente depende da ótica sob a qual sua teoria é analisada, se confinada à lógica econômica ou se abrangente para compreender um caráter social.