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Abstract
Fatores de ameaça são perturbações que tornam as espécies vulneráveis à extinção em seus habitats naturais. A proposição de ações conservacionistas à biodiversidade requer o conhecimento das ameaças às espécies em questão. O Espinhaço mineiro é reconhecido por sua biodiversidade florística e alto endemismo e, a ocupação humana ocorre devido à mineração histórica de ouro e diamantes. Após o declínio das minas, o extrativismo de sempre-vivas, turismo, agropecuária e expansão urbana são vetores de destruição aos ambientes naturais, levando à hipótese de que ambientes que conservam intacta parte dessa rica biodiversidade, podem estar gravemente ameaçados. Logo, objetivamos avaliar o estado de conservação do Espinhaço mineiro, identificando as principais ameaças às espécies-alvo, micro endêmicas ameaçadas, que são lacunas em conservação, por não estarem protegidas. Fizemos uma revisão sistemática para identificar as ameaças na região e, utilizando imagens remotas, analisamos o uso das terras em série temporal. Para identificar quais fatores pressionam a flora da região, aplicamos aos sete sítios prioritários, dois índices de vulnerabilidade, analisando ameaças primárias (perda de habitat), secundárias (erosão da biodiversidade) e a representatividade das espécies-alvo, em unidades de conservação. Os resultados indicaram que os sítios mais ameaçados são pressionados por ameaças secundárias e, 91% das espécies-alvo são lacunas em conservação. As prioridades em conservação são os sítios Serra do Cipó, Diamantina e Águas Vertentes, também apresentando piora no risco de extinção das espécies-alvo. Os sítios prioritários representam 83% da flora ameaçada na região, sendo necessárias medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação nas áreas mais vulneráveis.