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Abstract
Este artigo trata da relação entre hermenêutica e transcendentalismo. Em específico, são considerados elementos conceituais de dois hermeneutas, Heidegger e Gadamer, bem como a noção de filosofia transcendental elaborada por Husserl. É claro que a questão do transcendentalismo é anterior ao que hoje nós conhecemos por tradição fenomenológica-hermenêutica, na qual estão inseridos os autores mencionados. A proposta aqui é justamente traçar as correspondências filosóficas entre as hermenêuticas da facticidade heideggeriana e filosófica gadameriana e o novo modelo de transcendentalismo constituinte da fenomenologia husserliana. Considero, portanto, as críticas de Husserl a Descartes e a Kant, filósofos que são associados à filosofia transcendental moderna e com os quais Husserl esteve em confronto teórico. Mesmo que a polêmica virada transcendental de Husserl tenha sido muito criticada, sua fenomenologia transcendental é fundada como uma orientação epistemológica que influenciará as teorias da interpretação de seus sucessores supracitados, na medida em que coloca em questão a constituição de “objetividades” pela perspectiva da significação.