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Abstract
O presente artigo apresenta algumas passagens pelos labirintos do tempo, da arte e da educação. De modo inicial, aborda as concepções que geriram a definição do tempo, desde o pensamento primitivo e seus desdobramentos no pensamento moderno. Assim como, procura ampliar a discussão com relação às demarcações temporais que organizam a vida, e consequentemente a educação e a arte, sendo relevante sua problematização visto que durante a pandemia da Covid-19 nossa percepção temporal sofreu alguns efeitos e modificações. Estas variações temporais tornam-se potentes ao introduzir no campo educativo um momento de suspensão, intervalo em que a cronologia não mais organiza a existência, ao menos em alguns momentos, para então fraturar sua linearidade, propiciando que a criação e a arte adentrem territórios outros. Embora tenhamos criado uma medida de tempo para tudo, que nos traz uma mínima organização social, quando nos desordenamos e raspamos qualquer número que meça a temporalidade, o tempo na sua nudez é um instante de vida, duração de um dia, afirmação singular, inscrevendo sulcos e rastros em superfícies.