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Abstract
O Brasil é um dos maiores emissores globais de gases de efeito estufa (GEE), embora sua parcela seja relativamente pequena se comparada aos dois maiores emissores (China e EUA). Ao contrário de muitos países, o perfil de emissões no Brasil também é distinto, com participação relativamente pequena do setor de energia. Neste artigo, é analisado o perfil das emissões em energia, sua evolução na última década e as perspectivas até 2030. Desde 2014, as emissões de GEE associadas às cadeias energéticas caíram, mas isso se deve à longa crise, e a perspectiva é de que voltem a crescer com a retomada da atividade econômica. É positivo que a matriz energética nacional possua uma grande parcela de fontes renováveis e que haja potencial de crescimento da bioenergia, energia eólica e solar. No entanto, as oportunidades de mitigação de baixo custo em energia também devem se tornar mais limitadas em um período de 10 a 20 anos, além de que o sistema também é vulnerável às mudanças climáticas. Nesse sentido, partindo do pressuposto de que o país terá que continuar reduzindo suas emissões, visando chegar ao zero líquido em meados deste século, ou mesmo um pouco mais tarde, surgem grandes desafios. E isso também porque é provável que as emissões ainda não controladas devido ao desmatamento tenham que ser parcialmente compensadas no setor de energia.