{"title":"A violência nas escolas brasileiras: reflexões a partir dos dados do Saeb 2013 e 2017","authors":"Iasmin da Costa Marinho, E. Vidal, S. L. Vieira","doi":"10.14244/198271995336","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo objetiva investigar a violência na escola considerando duas formas propostas por Charlot (2002): a violência na escola e a violência à escola, a partir dos microdados obtidos nos questionários contextuais do Sistema de Avaliação da Educação Básica aplicados aos diretores e aos professores das escolas em que são realizadas as avaliações de desempenho escolar junto a alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, nos anos de 2013 e 2017. Os dados foram trabalhados em planilha de Excel e tratados com uso de estatística descritiva e gráficos com valores relativos. A revisão de literatura procurou identificar como a violência no ambiente escolar vem sendo tratada e os fatores explicativos sobre o fenômeno e suas múltiplas dimensões. Os dados mostram que, em todas as redes escolares, registram-se atos de violência, sendo as redes públicas de ensino municipais e estaduais as que apresentam maiores incidências, o que pode estar associado a variáveis geográficas, bem como ao perfil familiar, nível socioeconômico e faixa etária dos estudantes. Os dados revelam também que os diretores percebem as diversas formas de violência nas escolas de modo mais intenso do que os docentes, situação que pode ter relação com as suas respectivas funções no ambiente escolar. O estudo conclui que a violência na escola não pode nem deve ser vista de forma isolada de outras dimensões da política educacional, uma vez que sua presença é causa de uma cadeia de efeitos sobre todos os sujeitos do processo educativo.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica de Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14244/198271995336","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo objetiva investigar a violência na escola considerando duas formas propostas por Charlot (2002): a violência na escola e a violência à escola, a partir dos microdados obtidos nos questionários contextuais do Sistema de Avaliação da Educação Básica aplicados aos diretores e aos professores das escolas em que são realizadas as avaliações de desempenho escolar junto a alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, nos anos de 2013 e 2017. Os dados foram trabalhados em planilha de Excel e tratados com uso de estatística descritiva e gráficos com valores relativos. A revisão de literatura procurou identificar como a violência no ambiente escolar vem sendo tratada e os fatores explicativos sobre o fenômeno e suas múltiplas dimensões. Os dados mostram que, em todas as redes escolares, registram-se atos de violência, sendo as redes públicas de ensino municipais e estaduais as que apresentam maiores incidências, o que pode estar associado a variáveis geográficas, bem como ao perfil familiar, nível socioeconômico e faixa etária dos estudantes. Os dados revelam também que os diretores percebem as diversas formas de violência nas escolas de modo mais intenso do que os docentes, situação que pode ter relação com as suas respectivas funções no ambiente escolar. O estudo conclui que a violência na escola não pode nem deve ser vista de forma isolada de outras dimensões da política educacional, uma vez que sua presença é causa de uma cadeia de efeitos sobre todos os sujeitos do processo educativo.