Ingrid Jordana Bernardes Ferreira, G. S. M. E. E. A. Ribeiro
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Abstract
Introdução: A resistência bacteriana é um problema de saúde pública global persistente, seja pelos altos índices de mortalidade que geram ou pelos danos econômicos, principalmente quando é associada à Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS). Os dados sobre IRAS e cepas multirresistentes (MDRs) passaram a ser mais mapeados e documentados. No entanto, essas estratégias não são executadas de maneira holística, visto que muitos hospitais apresentam dificuldades para implementação. Objetivos: Demonstrar as evidências cientificas acerca do impacto de programas que visam a mitigação de IRAS e MDR bacteriana sobre os prejuízos associados à saúde e econômicos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguindo os critérios propostos pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), a partir de publicações científicas encontradas nas bases de dados Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MEDLINE). Resultados: O estudo contou com uma amostra de 14 artigos. A ocorrência de resistência bacteriana ou de IRAS com aumento da mortalidade e morbidade foi citada em 71% (10/14) dos estudos, já relacionada aos custos econômicos a frequência foi de 64% (9/14). E 43% ressaltaram o aumento de prejuízos à saúde e econômicos concomitantemente. As bactérias gram-negativas multirresistentes 28% (4/14) foram as mais citadas com destaque para o Acinetobacter baumannii. Após a implementação de estratégias como uso racional de antimicrobianos, realização de culturas de vigilância, estudos sobre o perfil epidemiológico local de surtos causados por bactérias resistentes aos antimicrobianos, observou-se diversos benefícios, como a mitigação da incidência de bactérias multirresistentes 50% (7/14) e do tempo de internação dos pacientes 21% (3/14). Conclusão: Dessa maneira, é crucial apresentar as estratégias eficientes e mitigar os entraves relacionados aos programas de controle dessas problemáticas. Os prejuízos associados a IRAS e MDR, traz à tona a importância dos programas e estratégias desenvolvidas para evitar e mitigar esse quadro, ressaltando a necessidade de adequar essas ações considerando as boas práticas assistenciais e os conceitos de saúde única.