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Abstract
Os estudos deleuzianos sobre o cinema destacam a importância dos dois regimes semióticos (imagem-movimento e imagem-tempo) para a compreensão da nossa relação estética e epistemológica com as imagens em movimento. Pelo contrário, este artigo procura destacar os momentos de crise entre os dois regimes assinalando o carácter genérico de incerteza e ambiguidade da natureza das imagens mentais: enfraquecido o esquema sensório-motor que domina na montagem cinematográfica, as personagens, incapazes de agir, podem imaginar, desejar, sonhar, alucinar, e lembrar. Surgem novos tipos de imagem: imagens-recordação, imagens-sonho e imagens-mundo. Como é que esses novos tipos de imagem nos fazem repensar a nossa habitual relação com o mundo e com a realidade? Com este artigo sobre a dimensão virtual e onírica do cinema, procuro contribuir para uma maior disseminação de um dos principais contributos de Gilles Deleuze para a filosofia do cinema: a distinção entre o imaginário e a realidade.