K. A. Rezende, A. Sabino, J. G. Oliveira, Marcelo Antônio Pascoal Xavier, Annamaria Ravara Vago, Maria Gabrielle de Lima Rocha
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Abstract
Introdução: O câncer peniano é representado por 2% dos casos de câncer associados ao papilomavírus humano. Seu diagnóstico costuma ser tardio, levando a tratamentos caros e agressivos, mutilação e até mesmo amputação do membro. O papilomavírus humano também está associado a uma lesão proliferativa benigna denominada condiloma acuminado, que tem alta morbidade. Existem fortes evidências de que pacientes com condiloma acuminado apresentam maior chance de desenvolver tumores malignos quando comparados aos pacientes sem essa lesão. Objetivo: Avaliar a presença e a genotipagem do papilomavírus humano em amostras incluídas em parafinas, além de verificar a carga viral do papilomavírus humano 6/11 e 16 e o estado físico do papilomavírus humano 16 e correlacionar esses dados com a presença de múltiplas infecções a análise histopatológica utilizando a técnica reação em cadeia da polimerase em tempo real. Resultados: A prevalência da infecção por papilomavírus humano foi de 52% nas amostras de câncer, tendo 17% apresentarado múltiplas infecções com vírus de baixo e alto risco. Das amostras de condiloma, 80% foram positivas para DNA-HPV, sendo 12% com múltiplas infecções. Foi encontrada ampla variação de carga viral tanto do papilomavírus humano 6/11, quanto do papilomavírus humano 16. Das amostras de condiloma acuminado, 76% apresentaram algum grau de integração, assim como todas as amostras de câncer peniano. Conclusão: Múltiplas infecções com vírus de alto e baixo risco é algo frequente em lesões benignas. Acredita-se que esse é um dos fatores que podem potencializar o desenvolvimento de lesões. A grande variação da carga viral pode dificultar a sua utilização como marcador no diagnóstico precoce do câncer peniano. A integração é um fenômeno frequente e pode constituir um fator importante para a carcinogênese, mas não único.